Defesa rebate afirmação da polícia de que ex-jogador de futebol é suspeito de matar vigia em agência bancária em Franca, SP

Advogado de João Paulo diz que ex-jogador se aposentou por problemas no joelho e não teria como escalar os muros do imóvel. Crime aconteceu no dia 10 de outubro. Ex-jogador de futebol foi identificado na troca de tiros que matou vigilante, em Franca
Advogado de defesa do ex-jogador de futebol João Paulo de Castro Ferreira, Luis Felipe Rizzi Perrone rebateu, nesta terça-feira (31), as informações da Polícia Civil de Franca (SP), de que ele seria suspeito de atirar e matar o vigilante Adriano Costa durante uma tentativa de assalto a uma agência do Banco do Brasil. O crime aconteceu no dia 10 de outubro.
João Paulo de Castro Ferreira foi jogador do Guarani; à direita, imagens de câmeras de segurança teriam flagrado ele durante o crime que matou vigia de agência bancária em Franca, SP
Rodrigo Villalba/Memory Press e câmera de segurança
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Para Perrone, as provas apresentadas até o momento não são suficientes para incriminar João Paulo.
Segundo a polícia, o ex-jogador foi reconhecido por um outro vigia que foi alvo dos disparos, mas não ficou ferido por causa do colete à prova de balas. João Paulo é considerado foragido, uma vez que já há um mandado de prisão expedido pela Justiça contra ele.
“A Polícia Civil está equivocada no tocante à participação dele nesse fato grave. Foi um reconhecimento fotográfico que, ao ver da defesa, foi feito de forma totalmente contrária à legislação, até mesmo porque seria impossível João estar ali naquele local”, diz o advogado.
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De acordo com Perrone, o ex-jogador se aposentou aos 34 anos por problemas no joelho e não teria como escalar os muros da agência, como mostram imagens da câmera de segurança.
“Devido a sua função de jogador no passado, ele possui grave problema no joelho, inclusive é aposentado em razão disso, e jamais conseguiria escalar os muros do banco como é possível visualizar nas imagens também pelo indivíduo que foi flagrado. O João não é essa pessoa e a defesa não está medindo esforços para comprovar a inocência dele”.
O advogado diz que a defesa teve acesso a imagens de câmeras de segurança que mostram João Paulo indo para casa vestindo roupas diferentes das que o suspeito utilizou no dia do crime e o tempo entre a tentativa de assalto e o caminho para o imóvel onde vivia, seria curto demais para que o suspeito tivesse conseguido se trocar.
“A defesa conseguiu imagens de câmeras de segurança das imediações às quais o João está se dirigindo à sua residência com roupa totalmente diversa daquela do indivíduo que foi flagrado pelas câmeras de segurança da agência, inclusive momentos depois, afastando a alegação que, eventualmente, João pudesse ter trocado de roupa”.
Ainda de acordo com Perrone, a defesa também tem provas de comprovantes de pagamento de um restaurante que o suspeito comeu no dia do crime.
O crime
Adriano fazia uma ronda no telhado da agência bancária quando se deparou com dois criminosos armados. Câmeras de segurança registraram parte da troca de tiros.
Vigilante troca tiros com ladrões em telhado de agência bancária em Franca, SP
Câmeras de segurança
O vigia foi baleado na cabeça e morreu no local. A arma dele foi levada pelos bandidos.
Um outro segurança também foi atingido na altura do peito, mas os tiros pegaram o colete à prova de balas.
O vigia Adriano Costa foi morto em uma troca de tiros com bandidos na agência bancária que trabalhava, em Franca (SP)
Arquivo pessoal
Uma mochila dos criminosos com água, alimentos, um celular e pertences foi encontrada pela polícia na área interna da agência. O local passou por perícia e o material foi apreendido.
Vigilante morreu baleado em agência bancária de Franca, SP
Lucas Faleiros/EPTV
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