Doação de móveis a famílias atingidas pela cheia em Rio Branco é suspensa após seca do Rio Madeira


Prefeitura diz que baixo nível do Rio Madeira impede chegada de produtos, e que a entrega será retomada quando os materiais chegarem ao estado. Mais de 17 mil móveis e eletrodomésticos são entregues às famílias atingidas pela cheia no começo do ano em Rio Branco
Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
A seca do Rio Madeira em Rondônia causou o atraso na entrega de móveis e eletrodomésticos que seriam doados às famílias atingidas pela cheia em Rio Branco no começo do ano, e a prefeitura da capital acreana informou que as doações foram suspensas temporariamente.
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No último dia 23 de outubro, pelo menos quatro mil famílias receberam os materiais por meio do Programa Recomeçar. Os beneficiados são moradores dos bairros atingidos entre o fim de março e início de abril deste ano pelas enxurradas dos igarapés que cortam a cidade e transbordamento do Rio Acre.
Conforme a prefeitura, a entrega será retomada quando os materiais chegarem ao estado, e não é necessário que as famílias cadastradas no programa procurem a secretaria de Assistência Social.
“Outrossim, a prefeitura destaca que não há necessidade de que as famílias cadastradas procurem a Assistência Municipal ou os Centros de Referência (Cras), pois tão logo a situação seja normalizada, as entregas voltarão a ser realizadas, conforme planejamento, mapeamento e cadastro do Município”, informou a prefeitura por meio de nota.
Recomeço
Entregas foram feitas em frente à Prefeitura de Rio Branco
Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
Segundo a prefeitura, mais de 17 mil móveis e eletrodomésticos já foram entregues. Segundo o prefeito Tião Bocalom, são camas, colchões, travesseiros, fogões, botijas de gás, televisão, tanquinhos, ventiladores, travesseiros, cama box conjugada de casal e solteiro, guarda-roupas e outros itens. As famílias beneficiadas foram selecionadas atendendo critérios nacionais para este tipo de situação.
Há também cestas básicas e outro kits que foram entregues pela gestão. Moradora do Belo Jardim I, a Thays Kely Oliveira, dona de casa, conta que ainda estão bem frescas na sua memória as imagens da água do Igarapé Judia invadindo sua casa e destruindo o pouco que ela e a família tinham. Tudo comprado com muita dificuldade.
“Perdi tudo, porque o igarapé subiu muito rápido. Todos que antes tinham casa alta conseguiram recuperar, mas os que a casa era baixa, perderam tudo. É uma ajuda importante pra gente que não tem condições”, explicou.
A Sebastiana dos Santos mora no Parque das Palmeiras e lá os estragos foram ocasionados pelo Igarapé Batista. Um ventilador, dois travesseiros, um roupeiro e um tanquinho foram os itens que ela recebeu.
“Estou feliz porque as coisas que perdi e não tenho como comprar agora e ganhar é uma bênção. Só tenho que agradecer. É um recomeço e bote recomeço nisso”, ressaltou.
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