Dupla é acusada de ‘não fazer nada’ em TCC e briga generalizada termina na delegacia após troca de socos


Segundo relato, mãe e filho foram agredidos por uma colega de grupo. O caso aconteceu na Etec Aristóteles Ferreira, no bairro Aparecida, em Santos, no litoral de São Paulo. Dupla é acusada de ‘não fazer nada’ em TCC e briga generalizada termina na delegacia após troca de socos
Arquivo Pessoal e Reprodução
Três alunos se envolveram em um briga após um desentendimento por causa de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Santos, no litoral de São Paulo. Uma aluna, de 49 anos, teve o cabelo puxado e o filho dela, de 20, foi agredido com socos no rosto. O caso aconteceu na Escola Técnica Aristóteles Ferreira (Etec), no bairro Aparecida.
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O g1 conversou com a aluna nesta segunda-feira (30). Segundo a mulher, ela e o filho foram agredidos por uma colega de grupo, de 31 anos. A mãe disse ainda que o grupo do TCC era formado por três pessoas, incluindo ela e o filho.
“No meio do ano, uma quarta pessoa entrou no grupo e meio que tomou a frente do trabalho. Eu e meu filho não temos experiência nisso, mas nunca nos negamos a participar e a ajudar no que fosse preciso”, explicou.
Segundo ela, a professora responsável começou a cobrar as etapas do trabalho e ela teria sido acusada, pela agressora, de “não fazer nada”. “Eu sempre pedi para que me passassem as informações, e o que precisava ser feito, mas isso não aconteceu. Uma delas falou que nós (eu e meu filho) não queríamos participar e nos chamou de folgados”, disse a dona de casa.
Ainda de acordo com a mulher, após as acusações e uma ameaça de não ter o nome incluído no trabalho, começou a confusão. “Não tenho sangue de barata, não fiquei calada”, contou.
Confusão
A dona de casa explicou que chamou a agressora para conversar e tentar esclarecer o que estava acontecendo. “Eu chamei ela fora da sala e perguntei porque ela não falava comigo e com meu filho. Que eu gostaria de alinhar o trabalho”, disse ela.
Alunos se envolvem em briga durante TCC em escola técnica no litoral de SP
Arquivo pessoal
Ainda segundo a mulher, a integrante do grupo repetiu que mãe e filho não faziam nada e retornou para a sala de aula. “Eu entrei (na sala) e falei para professora que estava difícil o entendimento porque ela (agressora) não tinha a capacidade de conversar”.
Na sequência, a aluna de 31 anos levantou, deu um empurrão na dona de casa e jogou o óculos dela no chão. “Quando eu abaixei para pegar o meu óculos, ela simplesmente puxou meu cabelo e saiu arrastando”. Outro alunos tentaram separar as duas, até que o filho da aluna interveio e puxou o cabelo da agressora.
“Quando meu filho pegou no cabelo dela, para me defender, ela começou a dar socos nele, bater na testa e pescoço”. Após as agressões, conseguiram separar o jovem e mandaram ele para outra sala. “Ela gritou que “daria parte”, por ter sido agredida, sendo que ela que deu soco no meu filho”, contou.
A mulher que puxou o cabelo da dona de casa chamou a Polícia Militar e os três foram encaminhados para a Central da Polícia Judiciária (CPJ). O caso foi registrado como lesão corporal e mãe e filho foram para o Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande, onde fizeram exames de corpo de delito.
O g1 tentou contato com a aluna que teria agredido mãe e filho, mas não conseguiu localiza-la até a última atualização dessa reportagem.
Centro Paula Souza
Alunos se envolvem em briga durante TCC em escola técnica no litoral de SP
Rede Social
A mãe do estudante contou que o filho recebeu uma notificação formal do Centro Paula Souza. O jovem teria infringido o Artigo 115 do Regimento Escolar, que afirma que “é vedado apresentar condutas que comprometam o convício escolar” e “qualquer prática de violência física, psicológica ou moral ”. O prazo para apresentação de defesa era de cinco dias, a partir da notificação.
Em nota, o Centro Paula Souza informou que lamentou o incidente ocorrido na Etec Aristóteles Ferreira entre duas alunas maiores de idade. Além disso, os estudantes das Etecs e Fatecs são sempre incentivados a desenvolver a habilidade de trabalhar em equipe e contornar eventuais divergências.
A unidade de ensino esclareceu que, logo após o desentendimento, a direção ouviu a versão das alunas e da professora responsável pela aula. As estudantes foram notificadas e devem fazer sua defesa por escrito, para que o conselho escolar avalie possíveis medidas disciplinares.
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