Em estreia de nova temporada, Projeto Humanos reconta desaparecimento de Leandro Bossi, em Guaratuba


Garoto sumiu em fevereiro de 1992. 31 anos depois, jornalista Ivan Mizanzuk, em investigação conjunta com família do menino, se aprofunda em detalhes do crime. Leandro Bossi desapareceu em fevereiro de 1992, em Guaratuba
Cedoc/RPC
O desaparecimento do menino Leandro Bossi, em fevereiro de 1992 em Guaratuba, litoral do Paraná, é o tema da sexta temporada do podcast Projeto Humanos, do jornalista Ivan Mizanzuk. A estreia foi nesta terça-feira (31). Clique aqui para ouvir.
Com muitas perguntas e pouquíssimas respostas, o caso atualmente está arquivado na Polícia Civil. Na época, Leando tinha 7 anos e, como consta no inquérito, teria desaparecido no show do cantor Moraes Moreira, em 15 de fevereiro.
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Este é apenas um dos vários pontos questionados por Mizanzuk logo no primeiro episódio. “Sempre foi comentado que ele tinha sido visto na noite de sábado, no show do Moraes Moreira. Mas não há uma única testemunha que confirme isso. Analisando os detalhes daquele dia, o mais provável é que ele tenha sumido mais cedo, talvez de manhã”, aponta o jornalista.
Dois meses após Leandro não ser mais visto, outro desaparecimento de um garoto na mesma faixa etária voltaria a amedrontar os moradores da cidade litorânea: Evandro Ramos Caetano, de 6 anos.
Os detalhes do caso foram contados em outra temporada do “Projeto Humanos”. Por meio de uma fonte, Mizanzuk obteve gravações que indicavam que as sete pessoas presas pela polícia paranaense confessaram a suposta participação no crime após terem sido torturadas.
A descoberta causou uma reviravolta no processo. Em julgamento de agosto, desembargadores da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiram que as gravações podem ser usadas como provas no julgamento da revisão criminal dos condenados.
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A ideia do novo projeto
Na nova temporada, Mizanzuk mostra que, para a polícia, os desaparecimentos de Evandro e Leandro sempre estiveram bem entrelaçados, o que pode ter causado erros na investigação do segundo caso.
Ivan Mizanzuk, idealizador do Projeto Humanos
Reprodução/Venâncio Filho
O jornalista decidiu mergulhar no processo de Leandro Bossi em junho de 2022, quando a Secretaria de Estado de Segurança Pública divulgou uma nova pista: a identificação da ossada do menino após 30 anos do sumiço dele.
Mizanzuk entrou em contato com parentes do garoto e propôs uma apuração própria. Ele conta que a sugestão foi acatada na hora.
“Eu converso com a família Bossi com bastante frequência e vou mostrando pra eles tudo o que consigo levantar, ao mesmo tempo em que eles também me indicam as pessoas com quem posso conseguir mais informações”.
O que vem por aí
No primeiro episódio, o jornalista recria, para o ouvinte, como era Guaratuba no início da década de 90, o local onde e como a ossada de Leandro foi achada e o perfil do menino “de olhos verdes, meio magro, loiro e cabelos lisos”, como descreveu o irmão mais velho dele, Ademir Bossi, em depoimento à polícia.
Diferentemente do Caso Evandro, que cumpriu o rito criminal de acusação e julgamento dos réus, a investigação do desaparecimento de Leandro, para Mizanzuk, “sempre esteve em aberto, o que somou muitas falhas ao longo dos anos”.
O criador do Projeto Humanos promete ir além do que foi, para ele, pouco investigado na época. “Foram muitos suspeitos, mas tudo de uma maneira muito superficial. O maior desafio é que o Leandro deixa de ser um inquérito para ser a história de uma investigação completamente nova”.
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