Após cinco anos, começa júri popular de 18 presos que participaram de fuga em massa


Previsão é que julgamento dure cinco dias, até sexta-feira (27). Na época, criminosos pegaram reféns e outros dez presos morreram em confronto com a polícia. Presos fogem e andam pelas ruas de Araguaína
Reprodução
Começou na manhã desta segunda-feira (23) o júri popular de presos que conseguiram fugir do Presídio Barra da Grota em Araguaína, em 2018, e aterrorizaram a cidade ao norte do Tocantins. O julgamento está previsto para durar cinco dias, até sexta-feira (27).
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O casou gerou uma repercussão nacional na época. Pessoas registraram imagens dos fugitivos andando pelas ruas com reféns. Ao todo, 28 detentos saíram da unidade no dia 2 de outubro de 2018.
Os envolvidos fizeram uma rebelião e usaram uma professora e agentes penitenciários como reféns. Na fuga, dez presos morreram após confrontos com equipes policiais.
Dos 18 réus, apenas um responde por tentativa de homicídio. Os outros serão julgados por associação criminosa, fuga de presídio mediante violência, roubo, sequestro e cárcere privado. O júri será no Fórum de Araguaína.
Regras do júri
Por causa da grande quantidade de acusados, a Defensoria Pública, que representa a maioria deles, pediu a ampliação do tempo para a defesa. O órgão alegou que a lei prevê 2h30 para a defesa de todos os réus. Dividindo o tempo para os 18 acusados, cada um teria apenas oito minutos de defesa.
A Justiça acatou o pedido e fixou o tempo de 20 minutos de defesa por acusado na fase dos debates, além de 10 minutos para réplica. Dessa forma, o tempo do júri será dividido da seguinte forma: a acusação terá seis horas; a defesa, com seis horas, sendo 20 minutos para cada acusado (360 minutos); três horas para a réblica; a tréplica terá 3 horas, sendo 10 minutos para cada acusado (180 minuto).
O Tribunal de Justiça também determinou o uso de todas as celas disponíveis na estrutura do fórum para acomodar os 18 presos, visto que pertencem a grupos rivais. Além disso, requereu reforço excepcional na segurança.
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Relembre a fuga
A rebelião começou dentro da sala de aula da unidade, quando os presos fizeram uma professora refém. Agentes penitenciários foram baleados e feridos com chunchos, armas artesanais. Os criminosos também conseguiram tomar as armas dos servidores.
Nove morreram durante confronto com a polícia em uma região de mata. O chefe de plantão do presídio e a professora, que na época tinha 43 anos, foram feitos reféns.
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