Porto de Paranaguá prevê escoamento recorde de grãos até o fim de 2023


Meta é despachar 3,5 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de tonelada de farelo de soja e 500 mil toneladas de milho. Escoamento recorde de grãos em Paranaguá
No Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná e um dos principais portos graneleiros da América Latina, a corrida é contra o tempo: até dezembro a meta é despachar 3,5 milhões de toneladas de soja, 1 milhão de tonelada de farelo de soja e 500 mil toneladas de milho.
“A gente teve uma demanda muito forte o ano todo, seja do milho, soja, seja do farelo de soja que é uma carga que opera o ano inteiro de uma forma regular. Agora, no último trimestre, é hora de executar o que planejamos o ano todo e conseguir entregar o que o mercado vem nos demandando”, explica o diretor de operações Gabriel Vieira.
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Atualmente, 14 navios estão atracados no Porto de Paranaguá e outros 54 estão na fila de espera para atracar no corredor de exportação leste – o principal para a saída de grãos.
Todos devem sair carregados até o fim do ano.
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Produção parada e capacidade de armazenagem
Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná
Reprodução/RPC
Mas, para que a safra desse ano possa escoar, o produtor precisa vender. Isso porque tem muito grão parado nos silos e nos armazéns do estado.
Segundo a Organização das Cooperativas do Paraná, a Ocepar, 25% da produção de soja ainda está parada.
“Se a gente somar o que o produtor não vendeu de soja e milho no Paraná, nós temos algo em torno de 14 milhões de toneladas. Só que não é só isso que está nos armazéns… É o que já está comercializado e está com cerealistas, indústrias, cooperativas para escoar”, expõe o gerente de desenvolvimento técnico da Ocepar, Flávio Turra.
Segundo ele, este cenário se deve muito por conta dos preços.
“O produtor plantou sua safra verão 22/23 com um preço bem acima do que está sendo praticado agora. Por conta disso, ele está com expectativa ainda de que o mercado volte a reagir e com isso está segurando a produção. No entanto, os preços não estão reagindo conforme o produtor estava esperando. E também a gente está visualizando a curto e médio prazo que não deveremos ter grande variação em relação ao atual preço”, analisa.
A capacidade de armazenagem do Paraná é de 32 milhões de toneladas de grãos, 8 milhões a menos do que o ideal.
Para se ter uma ideia, se a safra do ano passado – que foi de 46 milhões de toneladas – fosse colhida de uma só vez, apenas 67% estariam protegidas nos armazéns do estado.
Com parte da produção parada, a preocupação é com a safra futura.
“Se a gente não acelerar o escoamento dessa safra, a gente corre o risco sim de ter dificuldades para armazenar toda a safra futura, se ela for efetivamente cheia como estamos esperando”, alerta Turra.
As chuvas de outubro causaram muitos estragos em boa parte do Paraná. Mas, segundo as cooperativas, elas ainda não tiveram grandes impactos na safra 23/24. A expectativa é de que a gente tenha uma safra cheia.
“Provavelmente não equivalente à última de 46 milhões de toneladas, mas uma safra muito boa, passando de 40 milhões de toneladas de grãos”, finaliza Turra.
Nas lavouras de grãos a chuva pode não estar atrapalhando, todavia no Porto de Paranguá ela prejudica os trabalhos, já que os embarques precisam ser interrompidos – o que significam cerca de duzentas toneladas que deixam de ser embarcadas por dia.
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