Telemedicina: Campinas registra 13 mil atendimentos em 7 meses e mapeia regiões que mais usam serviço; veja ranking e perfil

Sistema foi implantado na metrópole neste ano após atraso e suspensão do edital de licitação. Regiões Norte e Sudoeste lideram o número de teleconsultas. Hospital Mário Gatti, em Campinas (SP).
Eduardo Lopes
Campinas (SP) registrou, na rede pública de saúde, 13 mil atendimentos por telemedicina em sete meses. De acordo com o governo municipal, o volume de consultas corresponde ao período de março até outubro. O Executivo fez um mapeamento com as regiões que mais utilizam o sistema e um perfil de atendimentos. Veja abaixo.
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A prefeitura, à época do anúncio do serviço de telemedicina, informou que o sistema tem uma previsão de capacidade para realizar 70 mil consultas online por mês. A projeção, ainda muito acima do que é realizado atualmente, não tem um prazo definido. Em nota, a prefeitura disse o projeto está em fase de implantação e trabalha com crescimento gradativo nos próximos meses. “Para isso, vários projetos para ampliação estão em discussão”, diz o texto.
Segundo a Secretaria de Saúde, o total de atendimentos por telemedicina é dividido em duas categorias:
Teleconsultas: quando o paciente faz a consulta com um médico
Teleinterconsulta: consiste em profissionais de centros de saúde trocarem informações com especialistas de policlínicas em relação as áreas de cardiologia, cardiopediatria, endocrinologia, endocrinopediatria, gastroenterologia, proctologia e urologia.
A prefeitura ainda informou que “quase todos” os pacientes que passaram por teleconsulta foram atendidos por médicos do Hospital Municipal Doutor Mário Gatti, mas 198 moradores passaram por análises de profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Quais regiões que mais usam o serviço? 💻
Segundo o balanço da administração municipal, as regiões com o maior número de teleconsultas foram Sudoeste (distrito de Ouro Verde), Norte (distrito de Barão Geraldo, Castelo, Chapadão) e Leste (Cambuí, Sousas, Joaquim Egídio), além de 30,5% dos atendimentos não terem sido identificados.
O levantamento mostra que as áreas com mais demanda são as dos seguintes centros de saúde:
Costa e Silva;
Aurélia;
Boa Vista;
Santa Bárbara;
Rosália;
San Martin;
Esmeraldina;
Nova América;
31 de Março.
Por quê?
De acordo com a coordenadora do programa Saúde Digital, o crescimento de atendimentos em determinadas regiões está diretamente ligado à velocidade de transformação digital daquele território. Já no caso das consultas “não identificadas”, a prefeitura reforça a importância da atualização do cadastro individual na hora de preencher o prontuário eletrônico.
A Secretaria de Saúde ainda afirmou que a avaliação dos usuários foi positiva e o tempo média de atendimento foi de 11,1 minutos e a idade média do paciente é 40 anos. O projeto possibilitou, segundo o governo municipal, a ampliação de vagas de dermatologia, passando de 18 para 24 de setembro a outubro.
Telemedicina
O serviço de teleconsulta começou a ser aplicado em Campinas em maio após alguns atrasos na implantação. O sistema foi expandido para todos os centros de saúde em julho.
A proposta da administração municipal em oferecer o recurso surgiu em setembro de 2021, quando o edital foi publicado. Depois disso, entretanto, ele chegou a ser suspenso após contestações de empresas interessadas e foi reaberto em outubro daquele ano com alterações.
Quando houve a conclusão da licitação, a estimativa do titular da pasta, Lair Zambon, era de início dos atendimentos online em janeiro.
O objetivo da Secretaria de Saúde, ao atender pacientes de maneira remota, é reduzir a pressão nas unidades. A previsãode realizar 70 mil consultas online por mês representa 55% sobre a média de 130 mil consultas presenciais realizadas por centros de saúde (atenção básica), policlínicas e ambulatórios de hospitais (atenção secundária), segundo a pasta.
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