Rodrigo Santoro diz ter relacionamento difícil com redes sociais e cita aliados para enfrentar tecnologia: terapia e meditação


Ator chegou a interromper palestra e ficou em silêncio por 10 segundos encarando a plateia. Ele chegou ao evento acompanhado de sua esposa, Mel Fronckowiak. Rodrigo Santoro na Rios Innovation Week
Alexandre Brum/Divulgação
O ator Rodrigo Santoro afirmou nesta quinta-feira (5) que tem um relacionamento difícil com as redes sociais. Ele participou de uma palestra na Rio Innovation Week, conferência sobre tecnologia e inovação na Zona Portuária do Rio, ao lado do apresentador do Flow Podcast, Igor 3K.
“Cada vez mais aprendendo a lidar com a tecnologia. O Instagram é um ótimo exemplo. Quando surgiu, foi difícil. Eu demorei bastante para participar. Quando eu vi que já era onipresente, eu falei que ia encontrar uma forma de me inserir na rede social. Sem me ferir e ter que fazer o que a rede está me pedindo (…) Eu ainda estou engatinhando, faz algum tempo. Estou encontrando uma forma. Às vezes, até me divirto”, contou ator, que não diz se importar com número de likes e engajamento de suas publicações.
Santoro falou ainda dos desafios de se viver em um mundo tecnológico e com fluxo de informações intenso. Ele revelou que usa a terapia e a meditação para se “desconectar”.
“A gente consegue através da meditação, da respiração e outras um milhão de coisas parar. Já tentou parar e fazer nada? É difícil demais. Nada é nada. Nem pensar. Apenas sentir o peso do seu corpo. Vou ficar 10 segundos sem fazer nada”, afirmou Rodrigo, interrompendo a palestra e encarando a plateia em silêncio por pouco mais de 10 segundos.
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Igor 3K e Rodrigo Santoro
Alexandre Brum/Divulgação
“Com a correria, é importante a gente se reorganizar para não rodar junto [com a rotina]. Se você não estiver no centro, você vai rodar junto. Se rodou junto, fica mais difícil de enxergar claramente e tomar decisões eficientes”, disse ao retomar a palavra.
Rodrigo Santoro chegou ao evento acompanhado de sua esposa, Mel Fronckowiak. Ele atendeu fãs no fim de sua participação e deixou o auditório.
Rodrigo Santoro e Igor 3K
Matheus Rodrigues/g1
Globo discute o uso da IA Generativa
Globo discute o uso da IA Generativa
Reprodução
A Globo protagonizou nesta quinta o painel “Rumo ao Futuro: Como a Globo Usa IA Generativa e outras Inovações para Transformar a Indústria de Mídia”.
Foram discutidos temas como a inovação em conteúdo, o uso de IA em produtos e serviços e o futuro do consumo audiovisual. O debate trouxe ainda a perspectiva do impacto da tecnologia no conteúdo, na personalização de experiências e na publicidade para TV.
Estiveram no palco algumas das principais lideranças da empresa na área de tecnologia e inovação e as apresentadoras Gabriela Prioli e Leilane Neubarth, que fizeram a mediação da conversa.
Com foco no uso da IA na produção de conteúdo, Manoela Zozimo, coordenadora de Dramaturgia Globo, mostrou como a tecnologia pode ser aplicada para agilizar processos e auxiliar os times de desenvolvimento criativo.
Foram apresentados diversos casos de uso da Inteligência Artificial pela área de pós-produção da Globo, como colorização automática, redimensionamento de vídeos em Full HD para 8K, tratamento de som, inserção de product placement, entre outras ações que já são feitas com base em IA.
Um dos destaques demonstrados no painel foi o tratamento e recuperação de imagens antigas com uso de IA para a campanha da Copa de 2022, levando ao público a memória de momentos históricos da competição com alta qualidade.
“A utilização de Inteligência Artificial nos nossos conteúdos começou há três anos como uma experimentação, mais voltada para a análise de novas ferramentas e um olhar para eficiência. Hoje, com o nosso conhecimento adquirido somado ao talento dos nossos profissionais, usar IA no nosso processo criativo é a cereja do bolo”, disse Manoela Zozimo.
Outro assunto de destaque foi a utilização da tecnologia associada aos dados, o que permite não só aprofundar o conhecimento do consumidor, mas principalmente pensar em novas abordagens e formas de relacionamento, oferecendo ao usuário final e ao mercado publicitário novas oportunidades.
“Temos 80 milhões de pessoas assistindo nossos conteúdos todos os dias, 100 mil conteúdos diariamente, isso gera cerca de 12 milhões de eventos, que são transformados em dados, gerando mais de 2 petabytes armazenados nas nossas bases. Imagina processar esse volume de dados, construir a jornada completa do consumidor com todo esse conhecimento, e disponibilizar para todas as áreas da empresa para que elas possam tomar as decisões de forma segura? Isso é possível com a ajuda IA”, explicou Andressa Maddalena, Head de Estratégia Corporativa, Estratégia e Governança de dados na Globo.
Utilizada em todo o ecossistema Globo, passando pela TV aberta e canais pagos, Globoplay e por todo o portfólio digital, incluindo g1, ge e gshow, a IA também é aplicada para ganhar escala, cruzar dados de consumo e contexto, otimizando inclusive processos internos.
“A IA nos ajuda a classificar cada conteúdo produzido, fazendo um detalhamento do que se trata cada notícia, vídeo e imagem. Quando um consumidor procura informações sobre o esporte favorito dele, conseguimos deduzir o que ele gosta de consumir. Além disso, usamos a IA para resumir matérias e otimizar a entrega de chamadas nas homes dos nossos portais”, exemplificou Andressa.
Outro exemplo de oferta de IA para o mercado publicitário na Globo é o ORA (Oportunidade Real de Agrupamento), um produto que utiliza recursos de reconhecimento de texto e imagem para mapear as oportunidades na TV aberta, nos 20 canais por assinatura e nas plataformas digitais proprietárias da Globo.
Com um alto poder de processamento de dados, o ORA analisa em minutos os conteúdos da Globo em conjunto com os filmes publicitários dos anunciantes, antecipando os principais temas que serão abordados nos programas de seus canais lineares e identificando oportunidades reais de contextualização para campanhas.
Os rumos do mercado de mídia e o futuro da televisão também estiveram em pauta, com a participação de Ana Eliza, gerente sênior do Regulatório na Área de Estratégia e Tecnologia da Globo, e Carolina Duca, Head do time de Telecom da Globo. Interligada com a evolução do modelo de negócios e com as ofertas cada vez mais inovadoras para o mercado publicitário, a conversa teve como foco a TV 3.0 e sua relação com Inteligência Artificial e disponibilidade de dados.
“O que está sendo proposto na indústria é algo diferente, é a evolução na forma como as pessoas veem televisão, como elas se relacionam com a TV e como podemos gerar novos negócios a partir disso”, comentou Carolina.
De acordo com Ana Eliza, a IA terá um papel fundamental neste processo de geração de novos negócios, permitindo, por exemplo, que um usuário compre produtos direto da TV, à medida que será impactado por aquilo que é de seu interesse.
“A TV 3.0 é a nossa próxima fronteira para tornar todo o nosso ecossistema de mídia integrado e personalizado. A IA vai permitir que ela seja personalizada na escala de milhões, mantendo a qualidade e a segurança que são o DNA da Globo”, disse.
Encerrando a apresentação, Raymundo Barros, diretor de Tecnologia e Estratégia da Globo, falou sobre o papel da Inteligência Artificial para o desenvolvimento do mercado de mídia.
“Para uma empresa de mídia como a Globo, IA é o início de uma disrupção de nossa cadeia de valor que passa por ganhos na otimização nos processos, onde a tecnologia vem avançando com tamanha velocidade nos possibilitando traçar variadas rotas dentro de nossos produtos. A IA estará no nosso processo criativo, mas orquestrada, é claro, pelas pessoas, nossos talentos, que se utilizarão dela para apoiar todo o processo”, destacou.
Raymundo Barros, diretor de Tecnologia e Estratégia da Globo
Reprodução
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