VÍDEO: Realidade virtual acelera a recuperação de ex-jogador de basquete que perdeu o movimento das pernas após AVC


Miguel Faustino tenta voltar à vida normal com trabalhos de fisioterapia e fisiatria aliados com a tecnologia. Realidade virtual acelera a recuperação de ex-jogador de basquete que perdeu o movimentos
Miguel Faustino teve uma mudança drástica na sua vida em fevereiro do ano passado. Ex-jogador de basquete profissional com passagem pelo Corinthians, ele sofreu um AVC durante uma madrugada daquele mês. Socorrido pela esposa, ele foi forçado a iniciar uma difícil recuperação. E no processo, ele passou a fazer trabalhos que unem exercícios e tecnologia.
O AVC sofrido por Miguel afetou as partes da coordenação motora e da fala, as quais ele trabalha tanto em casa como em uma clínica para recuperar. Ele tem ajuda de uma fisioterapeuta e uma fonoaudióloga, e de uma equipe supervisionada pela fisiatra Linamara Rizzo Battistella.
Linamara é uma das pioneiras no trabalho com realidade aumentada – quando situações simulam a vida real. O objetivo era duplo: não só complementar a fisioterapia, como estimular a cabeça de Miguel a trabalhar de forma diferente, mais lúdica e principalmente, integrada.
“Engajamento. A tecnologia traz o paciente para o centro do cuidado. Se ela não tivesse esse poder de engajar, seja pela realidade virtual ou pela gamificação, talvez fosse só mais um tratamento”, explica a fisiatra.
Miguel Faustino anda em uma esteira e tem que fazer pontos; dados são computados à medida que ele vai avançando
Reprodução/Globo Repórter
De acordo com os estudos de Linamara, o cérebro aprende melhor com estímulos mais prazerosos.
“Quando nós começamos, as terapias dependiam muito da capacidade e criatividade de cada profissional. Agora eu percorro isso de uma forma agradável, lúdica e métrica. E isso é muito rico. Eu coloco isso no prontuário e eu vejo essa plataforma eletrônica de informações, e digo: ‘realmente o paciente melhorou, eu sei quanto ele melhorou em cada um dos objetivos que foram traçados para ele. E essa é a grande diferença deste mundo da tecnologia”, destaca.
Após quase um ano, Miguel chegou ao último estágio do tratamento. Usando um colete, ele anda em uma esteira que tem estímulos visuais para ele percorrer caminhos e pegadas específicas que estimulam áreas diferentes do cérebro. Os acertos valem pontos, e a pontuação avalia o equilíbrio, mobilidade, coordenação motora e velocidade da caminhada. Veja imagem abaixo.
“Eu não gosto de perder”, diz Miguel.
Miguel percorre os obstáculos visuais projetados na esteira
Reprodução/Globo Repórter
O Globo Repórter desta sexta-feira (29) mostrou como o mundo da tecnologia tem ajudado a salvar vidas de diferentes formas, unindo games, robótica, dados e outras inovações.
Assista à íntegra do Globo Repórter:
Edição de 29/09/2023
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