Dissertação sociológica gera livro sobre alcance das canções do Clube da Esquina


Capa do livro “… De tudo que a gente sonhou” – Amigos e canções do Clube da Esquina
Reprodução
Em 2012, Sheyla Castro Diniz defendeu dissertação de mestrado em sociologia, na Unicamp, sobre a produção musical do núcleo de compositores que constituiu o movimento pop mineiro batizado de Clube da Esquina. Seis anos depois, a tese tem o texto editado publicamente na forma de livro. Com título que reproduz verso de O que foi feito de vera (Milton Nascimento e Fernando Brant, 1978), o livro “… De tudo que a gente sonhou” – Amigos e canções do Clube da Esquina está sendo publicado pela editora Intermeios – Casa de artes e livros com apoio da Fapesp.
A intenção da autora foi fazer o inventário do alcance e do significado político no Brasil daquele cancioneiro criado na década de 1970, sob o império ditatorial do regime limitar, pela turma de compositores liderada por Milton Nascimento, em torno do qual se juntaram nomes como Lô Borges, Márcio Borges, Beto Guedes e Ronaldo Bastos, além de Fernando Brant (1946 – 2013), fiel parceiro e amigo de Milton desde 1967.
“Texto e contexto, letra e música, gravação e interpretação, história macro da sociedade brasileira e história micro de um grupo, marginalidade e integração, regional, nacional e internacional, luta política e indústria cultural, censura, mercado e Estado, criatividade e padronização. Tudo isso aparece muito bem costurado no livro, revelando o talento da autora para – ao estudar o Clube da Esquina em geral e alguns discos de Milton Nascimento em particular – dar conta do movimento contraditório da sociedade brasileira de uma época”, propaga o prefácio assinado por Marcelo Ridenti.
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