Ciclone e frente fria provocam novas tempestades no Paraná; entenda


Assista ao vídeo e acompanhe a explicação do meteorologista sobre a previsão do tempo para o estado no feriadão. PR sofre com alagamentos desde a segunda semana de outubro. Ciclone e frente fria provocam novas tempestades no Paraná
Um ciclone e uma frente fria vão provocar o retorno de tempestades em todo o Paraná neste feriado de Finados, aponta o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Chuvas e ventos fortes devem ser registrados nesta quinta-feira (2) e sexta-feira (3). No fim de semana, o tempo deve ficar estável. Em vídeo, o meteorologista Samuel Braun explica a previsão do tempo. Veja acima.
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também emitiu dois alertas de tempestades para o estado.
O primeiro, válido até a noite desta quinta (2), é voltado às regiões noroeste, oeste e sudoeste.
O segundo, que inicia às 22h desta quinta e vai até a noite de sexta-feira (3), se estende para todo o estado. Confira detalhes abaixo.
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Alagamentos tiram famílias de casas
A previsão de novos temporais acende um alerta no estado, que sofre com alagamentos desde a segunda semana de outubro.
De acordo com a Defesa Civil, desde a última quinta-feira (26), as tempestades forçaram quase cinco mil paranaenses a deixar as suas casas.
No total, ao menos 56.740 pessoas foram afetadas pelas fortes chuvas nos últimos sete dias.
Segundo o Simepar, o feriado de Finados será marcado por um aumento de instabilidade e risco de tempestades no estado.
O motivo é um sistema de baixa pressão que está ganhando força no Rio Grande do Sul e um ciclone extratropical que está se formando sobre o oceano na altura do Uruguai, com explica o meteorologista Samuel Braun.
“Esse ciclone extratropical não impacta diretamente o estado do Paraná, mas associado a esse ciclone tropical há o desenvolvimento de uma frente fria. E é essa frente fria que deve avançar entre a tarde e noite desta quinta-feira e especialmente ao longo da sexta-feira aqui pelo Paraná. Dessa forma, a frente fria provoca a mudança nas condições do tempo, ou seja, retorno da chuva para todos os setores e o risco também de tempestades”, detalha.
Ventos fortes, de mais de 50 quilômetros por hora, devem ser registrados em todas as regiões do estado, afirma Braun.
“A chuva é mais excessiva no oeste, sudoeste e centro-sul. Em algumas cidades os valores de precipitação devem superar a casa dos 50 milímetros até sexta”, diz ele.
A tendência é que a partir da noite da sexta-feira (3) o tempo volte a ficar estável.
“No final de semana nós não teremos chuva. Não há previsão de chuva significativa, apenas no domingo (5) algum chuvisco, principalmente em Curitiba e no litoral. Mas na maior parte do interior, o sol predomina no sábado e no domingo e o destaque fica por conta das baixas temperaturas no amanhecer. Nas regiões sudoeste e centro-sul, valores mínimos abaixo dos 10ºC”, informa o meteorologista.
Imagem de satélite às 11h10 desta terça (2)
Reprodução/Simepar
Alerta de tempestades
O Inmet alerta que as regiões noroeste, oeste e sudoeste podem sofrer com tempestades nesta quinta-feira (2).
A partir das 22h, a previsão se estende para todo o estado e é válida até às 21h de sexta-feira (3).
Os avisos alertam sobre os riscos potenciais de perigo de chuvas fortes, de até 100 mm por dia, ventos de 60 a 100 km/h e a possibilidade de queda de granizo.
Há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e alagamentos.
Dicas de como se proteger em tempestades
A Defesa Civil do Paraná disponibiliza algumas dicas de como se proteger em temporais. Veja abaixo:
Vendaval
Procure um abrigo o mais rápido possível, e não saia até que o vendaval pare;
Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades;
Revise a resistência de sua casa, principalmente o madeiramento de apoio do telhado e a amarração das telhas no madeiramento, se tiver;
Guarda-chuvas podem atrapalhar o deslocamento, evite utilizar estes materiais ao se locomover em ventos fortes;
Não se abrigue embaixo de árvores ou coberturas metálicas frágeis, elas podem cair e causar ferimentos;
Se precisar se deslocar, diminua ao máximo seu atrito com o vento;
No carro, se possível, estacione o veículo em local seguro e espere o vento forte passar;
Se necessário, e possível, entre em uma edificação;
Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas;
Se não for possível estacionar, diminua a velocidade e procure um local seguro para estacionar assim que possível, pois o vento pode desestabilizar a direção do veículo.
Granizo
Permaneça abrigado e não saia até que a chuva de granizo pare;
Em hipótese alguma suba em telhados molhados. Os reparos devem ser feitos por pessoal especializado e com segurança para evitar quedas;
Se notar o risco de desabamento do telhado, saia do local e comunique o risco, inclusive às autoridades;
Fique atento à ocorrência de trovoadas e evite estar sobre ou próximo a estruturas metálicas;
Cuidado ao se deslocar, pois o granizo deixa o piso escorregadio, podendo causar quedas;
Se possível, estacione o veículo em local seguro e espere a chuva de granizo passar;
Não estacione o carro próximo a torres de transmissão e placas de propagandas;
Permaneça dentro do veículo até o término da queda de granizo, e, se houver algum papelão no carro, use-o para forrar o para-brisa por dentro, evitando que, em caso de quebra, os cacos possam atingir os ocupantes.
Alagamento
Não deixe crianças brincarem nas águas de inundações, alagamento e enxurradas. Além de vários perigos, elas poderão estar contaminadas;
Caso perceba que o volume de água está subindo, ameaçando seus bens, ponha-os a salvo, elevando-os. Mas atenção! Somente faça isso se não houver riscos;
Se, por algum motivo, ficar ilhado, ligue 193 – Corpo de Bombeiros ou Defesa Civil pelo 199;
Proteja-se em locais elevados até a água baixar;
Fique atento às informações das rádios;
Estando em veículo, se possível, estacione em um local elevado e espere a água baixar;
Não fique próximo a caminhões ou ônibus. Veículos de grande porte provocam ondas que podem alagar o seu carro e fazer com que perca o controle da direção;
Não pare o carro próximo a árvores ou postes.
Evite atravessar áreas alagadas, só faça isso se for realmente necessário. Se precisar fazê-lo, atente para o seguinte:
Não tente atravessar vias com água acima da metade da roda (observe outros carros) e mantenha sempre a rota da rua sem fazer desvios, evitando buracos escondidos na margem;
Ande em 1° marcha e devagar sem jamais trocar de marcha dentro d’água, mantendo a aceleração constante, por volta dos 2.500 giros, para evitar que entre água pelo escapamento e o carro apague;
Mantenha distância do carro da frente, pois, se o mesmo apagar, você tem a opção de fazer uma rota alternativa;
Se o carro morrer, não tente fazê-lo pegar. Solicite ajuda e, se possível, retire-o do local onde está parado, para que a água não entre no veículo causando panes;
Se não houver como movê-lo, não espere dentro do carro o volume de água diminuir, pois, na maioria das vezes, a tendência é aumentar e você poderá ficar preso ao veículo, sem poder sair. Veja a maneira mais segura de fazê-lo, se necessário aguarde por socorro sobre o carro;
Tente estacionar em regiões mais altas. Se o nível da água atingir o batente inferior da porta é hora de abandonar o veículo. Com água acima das rodas, o carro começa a boiar e fica sem controle. Se alcançar as janelas, ocorre o bloqueio das portas, impedindo a saída e dificultando o resgate;
Se não for possível abandoná-lo, chame por socorro (ligue 193 ou 199) e aguarde no teto do veículo.
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