Emoções e bem-estar: atitudes diárias podem estimular os sentimentos positivos


Unimed COP auxilia você a manter a tranquilidade e afastar os momentos de estresse da rotina.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (Ipom), a cada dez brasileiros, sete são diagnosticados com quadros de ansiedade. Que tal fugir dessa estatística? (Foto: Istock/Divulgação)

Equilíbrio. Palavra tão desejada e humanamente difícil de ser conquistada. Com o passar do tempo, viver com todos os âmbitos do organismo em harmonia – lê-se: físico, mental e emocional – tornou-se uma missão praticamente impossível devido à rotina agitada em que a sociedade está submetida.

Isso porque, diariamente, o ser humano passa por situações que testam a sua fragilidade e reúnem uma carga de emoções negativas, como o estresse e as preocupações. De acordo com a dra. Manoela Baldelin, psiquiatra e médica cooperada da Unimed Marília, essa condição pode ser definida como uma reação a qualquer mudança e exige uma adaptação do corpo. “O estresse gera exaustão física e emocional, causa perturbação na homeostase desse equilíbrio físico e/ou psíquico, levando o organismo a se adaptar por meio de um aumento na liberação de adrenalina”, explica.

Assim, as emoções passam a influenciar o cotidiano do ser humano. As tensões “geram alterações fisiológicas, cognitivas e comportamentais e afetam diretamente o nosso modo de agir nas situações adversas e com os outros”, esclarece. Com isso, o organismo deixa de avaliar as circunstâncias com racionalidade, gerando atitudes de esquiva.

Entendendo a situação
Segundo a psiquiatra de Marília, normalmente, frente a uma situação estressora, o organismo se prepara para uma reação (lutar ou fugir), o que irá determiná-la é a emoção que predomina perante à adversidade. Quando vivenciamos situações estressoras, a sensação predominante é o medo e este compromete o modo como enfrentamos o problema, prejudicando o pensamento racional e objetivo para a tomada de decisão. Uma atitude assertiva diante deste cenário dependerá das condições cognitivas preservadas. Porém, quando submetidos a agentes estressores frequentes e intensos, há prejuízo no modo de avaliá-la, propiciando na tomada de decisões impulsivas e irracionais para se ver livre do desconforto emocional. 

Dessa maneira, o ser humano passa a vivenciar um círculo vicioso de emoções negativas (ansiedade, apreensão ou preocupação), já que uma pessoa pode sentir estresse em situações simples de sua vida, como o início ou rompimento de relacionamento, o nascimento de um filho, mudança de casa ou de emprego, entre outras.

A partir desse momento, começam a surgir as complicações na saúde, como alterações do corpo que servem de alerta. Dra. Manoela relata alguns exemplos desses sintomas: palpitações, tremores, sudorese fria, aumento da atenção/hipervigilância, a diminuição da energia e da motivação, mal-estar (físico e/ou emocional) e a predisposição ao aparecimento de doenças clínicas e emocionais, como transtornos de ansiedade e de humor, entre outros.

Com isso, pode-se dizer que a pessoa está doente, por conta da sua evolução gradual mantida sob influência dos agentes estressores. Portanto, o estresse pode ser considerado o gatilho gerador da doença, o mantenedor ou ser responsável por seu agravamento. 

Virou doença e agora?
Antes de a doença se manifestar, dra. Manoela afirma que há um período antecedente, no qual pode-se perceber uma mudança no padrão de funcionamento, seja por meio de um grau a mais de irritação ou na alteração no padrão de sono, por exemplo. Ao notar esses sinais, a médica indica que o indivíduo tente incluir mudanças prazerosas na sua rotina que minimizam a relevância do agente estressor.

Mas, atenção: isso pode levar um certo tempo, então, não tenha pressa. “O que costuma acontecer é que grande parte dos pacientes alteram tais mudanças temporariamente, por acreditarem que são passageiras. Porém, dessa forma, cada vez mais recursos negativos são mobilizados, o que culmina na escassez por fadiga, gerando prejuízos profissionais, familiares e sociais”, informa.

Após esse estágio, é crucial que a pessoa procure auxílio médico, sendo o psiquiatra o profissional mais indicado. O tratamento para tais doenças envolve acompanhamento psicoterapêutico e psicofarmacológico, pois a combinação deles melhora ainda mais o prognóstico da doença, do que quando usados isoladamente.

Exemplos de atitudes relaxantes que favorecem a saúde: caminhada, atividades em meio à natureza (como cultivar hortas, plantas, cuidar de animais), massagens, ouvir música, entre outras (Foto: Istock/Divulgação)

Equilíbrio x agitação
No mundo globalizado, a palavra “equilíbrio” tem se tornado cada vez mais escassa. Portanto, o autoconhecimento é uma das ferramentas mais poderosas para não permitir que os efeitos do estresse prejudiquem a rotina. “Ao perceber que está tomado por uma emoção negativa, tente entendê-la, questione-se quanto ao que é possível ser feito e planeje as suas ações”, comenta. Isso pode proporcionar mais segurança e racionalidade, gerando mais chance de ser bem-sucedido no dia a dia. “Mesmo que não atinja o objetivo, a pessoa precisa entender que contribuiu com o seu melhor”, explica a médica.

Nesse sentido, dra. Manoela recomenda a utilização de alguns recursos, como frequentar terapias, realizar atividade física, cultivar relacionamentos sadios e usufruir de fontes de prazer e lazer. “Esses aspectos nos auxiliam e contrapõem-se aos estressores diários criando um terreno sólido para construir novos planos”, completa.
Existem também outras formas para lidar com situações estressantes, tentando evitar o agente estressor ou mudando a reação a ele por meio da aceitação e da adaptação. “Dessa forma, é possível evitar o estresse desnecessário, estabelecer limites, aprender a ‘dizer não’ e se afastar de pessoas que provoquem mal-estar persistente, por exemplo”, comenta.

Além disso, por meio de simples atitudes no cotidiano, pode-se mudar aos poucos esse panorama. “Indico que os pacientes ministrem melhor as demandas do dia, estabeleçam as suas prioridades e expressem mais os sentimentos em vez de empurrá-los ‘goela abaixo’, responde a psiquiatra.

“As pessoas precisam aprender a aceitar e se adaptar ao que não depende exclusivamente delas para ser alterado. Atenda às suas próprias necessidades e tenha tais momentos como forma de investimento, entenda que isso é uma ‘recarga na bateria’ para seguir adiante com qualidade”, reforça dra. Manoela.

Por isso, queremos saber: e você, já deu uma pausa no seu dia hoje?

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