Banhista do interior de SP que morreu afogado em Ubatuba tinha entrado na água para salvar filho da correnteza, diz esposa

Corpo de Wilhamar Alves, de 35 anos, foi enterrado nesta segunda-feira (4) em Ribeirão Preto (SP), dois dias depois de afogamento no litoral paulista. Área em que vítimas estava era de risco e estava sinalizada, diz Corpo de Bombeiros. Morador de Ribeirão Preto que morreu afogado em Ubatuba é enterrado nesta segunda (4)
Foi enterrado nesta segunda-feira (4), em Ribeirão Preto (SP), o corpo do banhista Wilhamar Ribeiro Alves, de 35 anos, que morreu vítima de um afogamento em Ubatuba (SP), litoral paulista, no fim de semana. O sepultamento ocorreu no Cemitério Bom Pastor, às 9h30.
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Alves morreu no último sábado (2) na Praia Grande, onde estava com a família. Em depoimento à Polícia Civil, segundo o boletim de ocorrência, a esposa disse que o marido tinha entrado na água para salvar o filho, que tinha sido puxado por uma correnteza, mas também acabou levado pelas águas.
De acordo com a capitã do Corpo de Bombeiros Karolina Burunsizian, Alves e o filho mais velho foram vistos dentro do mar em uma área de risco que estava sinalizada. Para ela, a utilização de uma pranchinha tornou a situação dos banhistas mais perigosa.
“O problema ali foi justamente o objeto flutuante, foi a pranchinha. Um terço dos afogamentos acontece por conta desses objetos flutuantes. As pessoas ficam ali. Tinha uma placa de perigo, existia um risco, uma corrente de retorno e naquele local especificamente a pranchinha aliada a esse outro risco acabou acontecendo essa tragédia por esses dois motivos”, disse, em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo no interior de São Paulo.
Praia Grande, em Ubatuba (SP)
Reprodução/EPTV
O afogamento
O afogamento foi registrado por volta das 11h30. Segundo Karolina, um guarda-vidas temporário foi o primeiro a ver o pai e a criança em situação de risco dentro da água, em um local sinalizado por conta do perigo do mar, sendo arrastados pela correnteza.
Mas, quando ele se aproximou, Alves já aparentava estar afogado.
“Quando ele chegou ao local, era uma criança que estava com uma pranchinha e o pai já estava no fundo, o que a gente chama de emborcado, ele já estava de barriga pra baixo, já tinha acontecido o processo do afogamento”, relata.
Karolina Burunsizian, capitã do Corpo de Bombeiros em Ubatuba (SP)
Reprodução/EPTV
Com a ajuda de surfistas e de outro guarda-vidas, as duas vítimas foram retiradas da água, e o menino foi salvo, mas Alves já estava desacordado e com parada cardiorrespiratória.
Ele foi submetido a manobras de reanimação até a chegada da Unidade de Suporte Avançado (USA) e foi levado ao pronto socorro municipal, mas não resistiu. “Fizeram o resgate, socorro, mas infelizmente ele não conseguiu, não voltou.”
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