PF deflagra operação contra tráfico internacional de pessoas após menina ser vítima de exploração sexual na Guiana


Vítima morava em Florianópolis, mas foi aliciada por mulher que prometeu uma falsa promessa de emprego em Roraima.
Vítima foi levada para Georgetown, a capital da Guiana; país faz fronteira com o Brasil por Roraima
Amanda Mclean/Rede Amazônica/Arquivo
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (4) uma operação de combate ao tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual. A ação ocorre após uma menina ter sido levada para Georgetown, capital da Guiana, onde foi obrigada a fazer parte de uma rede de prostituição.
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A vítima, segundo a PF, é uma adolescente. Um mandado de busca e apreensão foi cumprindo em Boa Vista.
Investigadores descobriram o caso após a mãe da vítima informar à PF que a filha havia sido aliciada por uma mulher, que é venezuelana, com a promessa de emprego em Boa Vista. À época, a vítima morava em Florinópolis (SC) e teve as passagens pagas pela suspeita.
Ao chegar em Roraima, a vítima foi levada para Georgetown, onde passou a ser explorada sexualmente pela rede de prostituição.
No país, a vítima foi resgatada por autoridades policiais locais e encaminhada para “um abrigo destinado para moças vítimas de exploração sexual”. Com isso, a PF, por meio do representante na Guiana, passou a acompanhar o caso.
A Polícia Federal, com representatividade na Guiana, descobriu que a vítima havia sido resgatada pelas autoridades policiais locais e encaminhada a um abrigo destinado para moças vítimas de exploração sexual.
Tráfico de mulheres em Roraima
Roraima teve 309 casos de tráfico de pessoas entre janeiro de 2022 e julho de 2024. Desse total, a maioria das vítimas eram mulheres: 194, o equivalente a 62% – sendo 129 migrantes.
As outras 115 vítimas são os filhos dessas mulheres, homens e pessoas LGBTQIA+, que correspondem a 47%. O levantamento foi feito por meio de 914 pessoas entrevistadas e obtido com exclusividade pelo g1.
O trabalho foi feito pelo Grupo de Estudo Interdisciplinar sobre Fronteiras (Geifron) da UFRR. O tráfico humano é uma das violações mais sérias dos direitos humanos, afetando um grande número de vítimas em todo o mundo, cujos direitos fundamentais e dignidade são “severamente desrespeitados”, de acordo com o Ministério da Justiça. O crime é descrito pela pasta como “agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso”.
Estudo sobre tráfico humano identifica 309 vítimas de 2022 até primeiro semestre de 2024
Arte g1
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