Manaus amanhece encoberta por ‘nuvem de fumaça’ nesta segunda-feira (4)


De acordo com o monitoramento do aplicativo ‘Selva’ a qualidade do ar é considerada “muito ruim” na capital do Amazonas Fenômeno vem sendo observado desde as primeiras horas do dia na capital amazonense
Lucas Macedo/g1 Amazonas
Manaus amanheceu encoberta por uma densa neblina de fumaça nesta segunda-feira (4). O fenômeno , que se repete na capital, geralmente é ocasionado pelas queimadas que atingem principalmente o sul do Sul do Amazonas.
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Neste ano, a fumaça já encobriu a cidade em pelo menos duas ocasiões nos meses de setembro e outubro. Vale ressaltar que mês passado, o Amazonas registrou 2,5 mil queimadas, com isso, o mês já é considerado o segundo pior desde 1998, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)
De acordo com o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), a qualidade do ar “muito ruim” em alguns bairros da cidade.
No início da manhã, a área mais afetada é o bairro Aparecida, na Zona Sul a, que registrou os níveis de poluição em 87.8 µg/m³. Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa medir entre 0 e 25 μm/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR).
O g1 questionou a Defesa Civil e Secretaria de Meio Ambiente (Sema) para saber o que ocasionou o fenômeno na capital, mas até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
Estado de emergência
O Amazonas está em estado de emergência ambiental por conta das queimadas. O problema começou em julho e chegou ao seu ápice nos meses de agosto e setembro, quando uma onda de fumaça atingiu todas as 62 cidades amazonenses. Na época, uma mancha de fogo com cerca de 500 de extensão também chegou a cobrir o estado. A qualidade do ar foi considera ruim ou péssima.
Focos de calor no último quadrimestre:
Julho: 4.241 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Agosto: 10.328 focos de calor (o pior dos últimos 26 anos);
Setembro: 6.879 focos de calor (o 3º pior dos últimos 26 anos).
Governo lançou operação com foco nos combates das queimadas no Sul do Amazonas
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
Seca severa atinge o estado
O Amazonas também está enfrentando uma seca severa, o que ajuda a piorar o cenário de queimadas, devido a combinação do clima seco e das altas temperaturas. Até esta terça-feira (24), segundo a Defesa Civil do estado, mais de 800 mil pessoas em todo o estado estão sendo impactadas pelo fenômeno.
Em Manaus, o Rio Negro atingiu 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição. Esse fenômeno alterou o cenário do Encontro das Águas e levou a prefeitura de Manaus a fechar a Praia da Ponta Negra.
Na orla, bancos de areia surgiram no meio do rio, forçando as embarcações a se afastarem cada vez mais do local onde costumavam atracar, próximo à via pública. Essa situação também impactou o escoamento da produção das empresas do Polo Industrial da capital, que tiveram que instalar um píer flutuante em Itacoatiara para facilitar o recebimento de insumos e o envio de mercadorias produzidas pela indústria.
Seca severa já alterou as áreas portuárias de Manaus
Willian Duarte/ Rede Amazônica
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