Polícia Civil faz operação contra fraudes financeiras e lavagem de dinheiro público com prejuízo de R$ 5 milhões


Investigação afirmou que o total dos desvios pode chegar a R$ 40 milhões. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em oito cidades do estado de São Paulo. Polícia Civil de Campinas cumpriu mandados contra lavagem de dinheiro
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil de Campinas (SP) deflagrou, na manhã desta segunda-feira (30), uma operação contra lavagem de dinheiro e fraudes financeiras contra os cofres públicos. A ação foi comandada pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) e a investigação informou um prejuízo já comprovado de R$ 5 milhões. No entanto, o valor pode chegar a R$ 40 milhões, segundo a corporação.
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No total, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão em Indaiatuba (SP), Campinas (SP), Elias Fausto (SP), Salto (SP), Valinhos (SP), Cotia (SP), Osasco (SP) e Carapicuíba (SP), com bloqueio de ativos financeiros, bens e valores para devolver a quantia obtida pelos investigados através das fraudes.
De acordo com a investigação, foi identificado um esquema criminoso de fundação de empresas fantasmas, constituídas para obter empréstimos da Desenvolve SP, instituição financeira de crédito. Os valores eram repassados a outros integrantes do grupo, com o objetivo de “esconder” os valores desviados.
Os empréstimos foram realizados em 2021 e não foram pagos pelos investigados. Ainda segundo a polícia, a organização fraudou documentos e “possivelmente contou com participação de funcionários do banco estadual”. A investigação informou que, por isso, a Desenvolve SP colabora com as investigações.
A operação recebeu o nome de “Avaritia”, em referência ao termo em latim usado para definir “ganância”. Os alvos vão responder por organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
A Desenvolve SP afirmou, em nota, que ficou sabendo das fraudes por meio de uma denúncia recebida pela ouvidoria, o que motivou uma auditoria interna. A investigação apontou a constituição das empresas de fachada que usavam informações falsas para conseguir a liberação do financiamento. A partir disso, o órgão avisou a polícia.
“Além de identificar e atuar para interromper eventuais desconformidades, a Desenvolve SP comunicou os fatos ao Ministério Público, à Secretaria da Fazenda, ao Banco Central, e à Controladoria Geral do Estado. O relatório de apuração interna foi compartilhado com os devidos órgãos externos e a Desenvolve SP está colaborando com a Polícia Civil”, diz o texto da nota.
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