Quadrilha suspeita de movimentar R$ 4 milhões em golpes pelo WhatsApp é indiciada pela polícia


São 17 pessoas que devem responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Investigação começou em 2020 depois que vítima foi enganada e procurou a Polícia Civil. Equipamentos e cartões apreendidos durante a operação Male Habitu
Polícia Civil/Divulgação
Uma quadrilha especializada em praticar crimes virtuais através do aplicativo WhatsApp foi indiciada pela Polícia Civil do Tocantins, após três anos de investigação. São 17 pessoas que devem responder por organização criminosa e lavagem de dinheiro.
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As investigações sobre o grupo começaram em 2020. No ano seguinte, a Polícia Civil cumpriu mandados na operação Male Habitu. Os criminosos teriam movimentado pelo menos R$ 4 milhões com os crimes virtuais.
Segundo as investigações da Divisão Especializada de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC – Palmas), concluídas nesta segunda-feira (23), a quadrilha fez vítimas por todo o país e matinha uma extensa rede de contas bancárias para pulverizar o dinheiro levado das vítimas.
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Em 2021, a operação teve mandados cumpridos em Palmas, Porto Nacional, Araguatins e Augustinópolis, além de municípios goianos e maranhenses.
“Além dos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, alguns dos suspeitos também foram indiciados pelos delitos de estelionato, uso de documento público falso e coação no curso do processo”, disse o delgado Lucas Brito.
Golpes por celular
A investigação começou depois que uma vítima procurou a polícia em 2020 contando que uma pessoa havia se passado por seu filho. O criminoso inventou uma situação e fez a vítima transferir dinheiro para um suposto auxílio financeiro de emergência.
O delegado afirma que a quadrilha era bem organizada com uma divisão de funções e tinha um setor específico para captação de contas bancárias e laranjas.
“Para obter sucesso na empreitada criminosa, os suspeitos empregaram uma série de artifícios para dissimulação/ocultação da origem destes ganhos, notadamente emissão/pagamento de boletos com valores variados e previamente definidos, transferências fragmentadas, saques e depósitos (não identificados) em correspondentes lotéricos”, explicou.
O inquérito foi enviado ao poder judiciário e ao Ministério Público.
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