Pensando em dar um pet para o seu filho? Veja dicas e cuidados para a adaptação entre animais e crianças


Respeitar o tempo dos animais e supervisionar as brincadeiras estão entre as dicas. Além de ajudar a evitar acidentes, cuidados favorecem a construção de uma relação saudável entre os pequenos e os bichinhos de estimação. ‘Casa Pet’: veterinário dá dicas para aproximação de crianças e animais de estimação
Quem nunca viu uma criança pedir ou até implorar por um pet? Porém, não basta levar o animal para casa. O período de adaptação desses dois é muito importante para que essa relação evolua de forma saudável e positiva (assista à reportagem acima).
À EPTV, afiliada da TV Globo, o médico Matheus Santos deu dicas para uma boa adaptação de cães e gatos com crianças. E aqui vai um spoiler: respeitar o tempo do bichinho e ficar de olho nas brincadeiras é fundamental. Veja:
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🦴 O primeiro passo: conheça o histórico do animal
“[Saber] qual comportamento ele já expressa na ninhada ou, se ele é um cão adulto, como ele expressa com outros cães. Sempre pensar em um cão mais centrado, mais calmo. Aquele cão que é mais agitado, ele tende a ser mais ansioso”, explica Matheus.
“Alguns cães ansiosos tendem a transformar a ansiedade em mordida. Seja uma mordida mais de brincadeira, que acaba machucando a criança, ou seja no comportamento mais puxado para agressão”, completa.
🚫 Nunca deixe a criança sozinha com o pet
“É sempre importante estar supervisionando, observando o comportamento desse animal enquanto a criança está interagindo com ele. [Isso] ajuda a evitar acidentes e também ajuda a modelar o comportamento desse animal com a criança”.
⏰ Respeite o tempo deles
De acordo com o veterinário, no começo da adaptação, é recomendado que os períodos de brincadeira entre pets e crianças evoluam de forma gradativa, começando com, no máximo, 30 minutos duas vezes por dia. “Tem animal que cansa antes. Como ele está em aprendizagem, às vezes o animal quer buscar a fuga também”.
❗ Fique atento aos sinais de estresse
Se o cão ou gato apresentar algum dos sinais abaixo, é hora de interromper a brincadeira:
pupila dilatada
língua enrijecida para fora
corpo rígido (tensão)
rabo ereto
rabo abanando de forma lenta
“Pega a criança, tira a criança e deixa o animal relaxado. Porque, se esse conflito ocorrer, pode ser que fique mais difícil manter esse laço entre a criança e o pet”, pontua o especialista.
😄 Invista em uma aproximação cuidadosa e amigável
Incentive a criança a tocar no animal com cuidado, priorizando as extremidades, como patas, orelhas, rabo e boca, recompensando o pet sempre que ele permitir o contato. Também a chame para participar de momentos de cuidado e da hora de brincar.
“Sempre que for, trazer a criança junto com o pai: ‘vamos tratar dele, vamos tratar do gatinho. Trazer a criança para tratar junto, para que ela tenha esse estímulo de colocar a ração e respeitar sempre o limite do animal”.
“A gente sempre costuma colocar a bolinha como uma brincadeira saudável. Caso esse animal não queira largar, utiliza-se duas bolinhas. Jogue uma, ele vai segurar. Você mostra a outra bolinha, ele solta. Para os gatos, uma varinha com cordinha na ponta”.
Amigos inseparáveis ❤️
Gabriela e os cachorros Spyke e Tyke: Casa Pet dá dicas para a daptação de crianças e animais de estimação
Reprodução/EPTV
É com uma adaptação cuidadosa que se constrói relações como a de Gabriela Milanez, de 9 anos, e os cãezinhos Spyke e Tyke. “No começo a gente sempre ficou junto porque ela era menorzinha, então a gente não sabia a relação que eles teriam, mas foi uma adaptação bem mais tranquila”, conta o pai André Milanez.
A menina conta que participa de vários momentos na rotina dos pets. Hoje eles têm uma sintonia admirável e estão sempre juntos. “Todo dia chego da escola, dou comida pra eles e a gente sai um pouco para brincar com eles. Eu brinco de correr, eu brinco com o Spyke de ficar provocando ele, ele começa a pular em mim. Todo dia”.
Uma relação com direito a muito carinho de ambas as partes. “O Spyke eu começo a fazer carinho ele deita, porque ele gosta que faça carinho na barriga. O Tyke gosta de carinho na cabeça, atrás da orelha. Quando eu começo a chorar, vou lá e eles começam a me lamber. Eu fico brava com eles, mas volto a ficar feliz”.
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