Termina sem acordo nova rodada de negociação entre GM e sindicatos sobre 1,2 mil demissões


De acordo com o Ministério do Trabalho, uma terceira reunião foi marcada para o dia 10 de novembro. Cerca de 1,2 mil trabalhadores da GM foram demitidos. Segunda reunião entre GM e sindicato no Ministério do Trabalho termina sem acordo
Reprodução/TV Vanguarda
Terminou sem acordo a segunda reunião entre a General Motors (GM) e os sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano e Mogi das Cruzes, onde cerca de 1,2 mil funcionários foram demitidos neste mês.
Somente em São José dos Campos foram 839 desligamentos, sendo que 419 estavam em layoff, que é suspensão temporária dos contratos de trabalho.
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O encontro, que aconteceu nesta terça-feira (31) e tinha como objetivo discutir a situação dos trabalhadores demitidos, foi convocado pelo Ministério do Trabalho e começou às 10h, no prédio da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, em São Paulo.
Durante a reunião foi discutida a possibilidade de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). Os sindicalistas, no entanto, manifestaram que somente aceitariam discutir PDV se envolvesse prévio cancelamento das demissões anunciadas.
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Em cerca de três horas de negociações, o encontro contou com a participação de advogados e representantes da empresa, dos sindicatos e do ministério.
A primeira reunião, que também terminou sem acordo, havia acontecido na última sexta-feira (27). A próxima está marcada para o dia 10 de novembro.
O g1 acionou oficialmente a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos, mas não teve retorno até a última atualização da reportagem.
Funcionários demitidos protestam com uniformes pendurados no entorno da fábrica da GM em São José
Rauston Naves/ TV Vanguarda
Demissões
Na última semana, funcionários da GM realizaram um protesto contra as cerca de 1,2 mil demissões anunciadas em três fábricas de São Paulo e aprovaram a continuidade da greve. O ato aconteceu na manhã da última quinta-feira (26).
A manifestação contou com a participação de cerca de mil pessoas, entre demitidos, não demitidos e sindicalistas e percorreu diversas ruas da região central da cidade.
O grupo pedia que a GM voltasse atrás e não demitisse os trabalhadores. A ação aprovou também a continuidade da greve, que, de acordo com o sindicato, só será encerrada com o cancelamento dos cortes.
O ato realizado oi a terceira ação contra as demissões em São José. Antes, funcionários demitidos penduraram uniformes com mensagens nos alambrados da unidade da montadora.
Nas mensagens, eles pediram o emprego de volta, reclamaram de anos de serviços prestados que haviam sido desconsiderados pela empresa e solicitaram ajuda dos governos estadual e federal.
Os cerca de 1,2 mil cortes foram anunciados pela empresa no dia 21 de outubro, por meio de telegramas e e-mails.
Desde o último dia 23, todos os funcionários das três fábricas da montadora em São Paulo estão em greve.
GM em São José dos Campos
Reprodução/TV Vanguarda
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