Foragido, tutor do bull terrier que matou o cão Fox tem passagem pela polícia por violência doméstica


Além dos boletins de ocorrência registrados referentes ao caso do spitz alemão que morreu após perder o focinho durante o ataque, o homem de 43 anos é alvo de duas denúncias por ameaça e violência contra mulher. Polícia divulga foto de tutor de bull terrier que atacou e matou cão Fox
Divulgação/Polícia Civil
Procurado pela Polícia Civil, o tutor do bull terrier que atacou e matou o cão Fox, em São José dos Campos (SP), tem histórico de passagens pela polícia por ameaça e violência contra mulheres.
Umberto Vieira Ghilarducci, de 43 anos, teve a prisão decretada pela Justiça na última sexta-feira e procurado pela Polícia Civil, que divulgou uma foto do suspeito para ajudar nas buscas.
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A Rede Vanguarda apurou que Umberto já foi alvo de duas denúncias por ameaça e violência contra mulher, além dos três boletins de ocorrência registrados referentes ao caso do spitz alemão.
O primeiro caso é de dezembro de 2012. O boletim de ocorrência foi registrado como ameaça pela ex-companheira do homem, que na época tinha 24 anos.
De acordo com o relato dela à polícia, o casal tinha um relacionamento de mais de dois anos, quando a vítima decidiu pela separação, que não foi aceita por Umberto, o que gerou ameaças contra ela e amigos.
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O segundo caso foi registrado em julho de 2022, como perseguição, ameaça e violência doméstica e psicológica, além de furto, também denunciado por uma ex-companheira de Umberto.
A denúncia aponta que, após o término, Umberto passou a fazer ameaças, inclusive com uma faca. O relato da vítima afirma ainda que o homem tem histórico de uso de drogas e, após o fim do namoro, ele furtou R$ 3,2 mil da vítima.
Em relação ao caso do Fox, há registro de três boletins de ocorrência. O primeiro, como crueldade contra animais, registrado no dia do ataque, que aconteceu em 9 de outubro.
Atenção, imagens fortes
g1
Veja o antes e depois do ataque ao cãozinho Fox
Arquivo Pessoal
Histórico de Versões
O segundo, do dia 18 de outubro, foi registrado como injúria. Segundo a tutora do animal, que pediu medida protetiva contra Umberto.
No último boletim, registrado no dia 20 de outubro como coação no curso do processo, a tutora de Fox denuncia que o homem a ameaçou por ter acionado a polícia após o ataque. ‘Vou fazer da sua vida um inferno’ foi uma das frases ditas por ele.
Polícia divulga foto de tutor de bull terrier que atacou e matou cão Fox
Reprodução
Procurado pela polícia
A Polícia Civil divulgou uma imagem de Umberto Vieira Ghilarducci, de 43 anos, tutor do bull terrier que atacou e arrancou o focinho de Fox, um cachorro da raça spitz alemão que morreu por complicações de saúde pelo ataque na última quarta-feira (25).
O tutor do bull terrier é procurado pela polícia e considerado foragido da Justiça. Por conta disso, uma foto de Umberto foi publicada pela Polícia Civil nas redes sociais. Na publicação, a corporação informa que o bull terrier foi incentivado por seu tutor durante o ataque, e que o cachorro sofria maus-tratos.
“A Polícia Civil comprovou que o investigado é pessoa extremamente agressiva e fazia uso do próprio cão, também vítima de maus tratos, para atacar outras pessoas e cães”, disse a polícia na publicação.
A corporação informou também que qualquer informação sobre a localização do homem de 43 anos pode ser compartilhada – de forma anônima – por meio do telefone 181 ou pelo portal de denúncia da polícia.
Polícia fez buscas no imóvel de Umberto, mas ele e o cachorro não foram encontrados.
Arquivo pessoal
Mandado de prisão
A Justiça decretou na última sexta-feira (27) a prisão temporária de Umberto Vieira Ghilarducci, de 43 anos, tutor do bull terrier que atacou e arrancou o focinho de Fox, que morreu duas semanas depois.
O mandado de prisão temporária foi expedido pela Justiça após pedido da Polícia Civil, que investiga o caso. Ainda na sexta-feira (27), policiais chegaram a ir até a casa de Umberto, mas não o encontraram. Ele segue sendo procurado pela corporação, que agora divulgou sua foto para ajudar nas buscas.
No documento, assinado pela juíza Beatriz Afonso Pascoal Queiroz, da 3ª Vara Criminal do Foro de São José dos Campos, a magistrada argumenta que “os elementos informativos convencem de que o investigado é pessoa agressiva, que usa o próprio cão (eventualmente também vítima de maus-tratos) como instrumento do crime”.
Fox morreu nesta quarta-feira (25) em uma clínica em São Paulo
Arquivo Pessoal
A juíza afirma também que “o cãozinho Fox foi atacado nos limites da própria residência pelo cão do investigado, que estava sem focinheira, conduta que, segundos informes, era corriqueira. Há relatos de fatos semelhantes pretéritos envolvendo o investigado, de que ele está intimidando as tutoras do cão e outras testemunhas e de que está se esquivando da polícia”.
Por fim, a juíza decreta a prisão preventiva de Umberto e determina que o cão da raça bull terrier do homem seja apreendido pela polícia.
O g1 tenta contato com Umberto. Se ele ou a defesa se manifestarem, a matéria será atualizada.
Morre cão que teve focinho arrancado
Investigação
O homem tem 43 anos e é investigado pela Polícia Civil por crueldade contra animais, crime que pode render pena de até cinco anos de prisão e multa ao tutor do bull terrier.
A corporação abriu um inquérito para investigar o caso. O objetivo é apurar a responsabilidade do tutor do cão que atacou Fox.
Tutora diz que Bull Terrier estourou a grade de proteção do portão no ataque
Arquivo Pessoal
Em entrevista ao g1 no último domingo (22), a delegada responsável pelo caso, Maura Braga, afirmou que o inquérito estava em fase final.
“Ouvimos várias testemunhas do caso, as tutoras do Fox e analisamos várias imagens de câmeras de segurança para auxiliar na investigação. Ainda solicitei uma análise comportamental (bull terrier) para entendermos o comportamento do animal”, explicou a delegada.
“Precisamos entender se o homem usou o animal como uma arma, já que identificamos que essa não é a primeira vez que o bull terrier ataca outro cachorro. O animal não pode ser responsabilizado, mas queremos entender se o tutor incentiva esse tipo de comportamento”, disse Braga.
Tutora de Fox posta foto confirmando morte do animal
Redes Sociais
Morte
Fox, o cão da raça Spitz Alemão que perdeu o focinho após ser atacado por um Bull Terrier, morreu no início da tarde desta quarta-feira (25) por conta das complicações das lesões sofridas no ataque.
A informação da morte do cachorro foi confirmada por Sofia Albuquerque, tutora do animal. Nas redes sociais, a jovem lamentou a morte de Fox e disse que fez tudo o que podia para salvá-lo.
“Eu fiz tudo que eu pude. Eu vivi por você todos esses dias. Mas eu não consegui evitar que te arrancassem de mim! Eu te amo e vou te honrar. #LutoPeloFox”, disse Sofia em uma publicação no Instagram.
Despedida de Fox: velório de cão que morreu após ataque de bull terrier teve transmissão online e coroa de flores.
Reprodução/Instagram
No início da semana, o g1 já havia noticiado a piora no estado de saúde de Fox, que seguia internado em Unidade de Tratamento Intensiva (UTI).
De acordo com Sofia, como o cão perdeu o focinho, passou a enfrentar muita dificuldade para respirar. Ele estava internado há mais de duas semanas. Primeiro, foi levado a uma clínica de São José, onde ficou os primeiros 10 dias.
Depois, foi transferido para uma unidade da capital paulista, onde passou a receber tratamento especializado, mas não resistiu e morreu.
Fox passou por procedimentos em São José dos Campos, mas precisou ser transferido para São Paulo
Reprodução/Arquivo Pessoal
Ataque
Um cachorro da raça Spitz Alemão perdeu o focinho após ser atacado por um cão da raça Bull Terrier em São José dos Campos. O episódio viralizou nas redes sociais e é investigado pela Polícia Civil, que apura a responsabilidade do tutor do cão envolvido no ataque.
O caso aconteceu na Rua Professor José Antônio Coutinho Condino, no Jardim América, e foi denunciado pela tutora de Fox, que foi atacado. Desde então, o Spitz Alemão estava internado.
Fox é da raça Spitz Alemão
Reprodução/Redes Sociais
“Ficamos em pânico, totalmente sem reação e a gente basicamente só gritava. O sentimento que a gente teve foi de pânico porque a gente nunca imaginou na nossa vida que alguma coisa dessa aconteceria”, afirmou Sofia Albuquerque, tutora de Fox.
Fox, cão atacado em São José
Arquivo Pessoal
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