Três toneladas de maconha: polícia apura se droga apreendida em Campinas era de ‘consórcio de facções’

Suspeita é de que grupos compravam droga em grande quantidade para pagar menos. Oito foram presos em flagrante e caso é investigado pela Dise. Polícia Civil apreende 3 toneladas de maconha em Campinas; oito suspeitos foram presos
A Polícia Civil de Campinas (SP) apura se as três toneladas de maconha apreendidas nesta quinta-feira (2) eram de um ‘consórcio’ formado por facções criminosas. A suspeita é de que os grupos responsáveis pelo tráfico compravam drogas em grande quantidade para pagar menos e, depois, distribuíam na região. A apreensão foi a maior do ano.
Os mais de 4,1 mil tabletes do entorpecente estavam escondidos em veículos dentro do galpão de uma oficina. O proprietário teria dito à polícia que alugava o espaço para os traficantes porque estava com problemas financeiros. Ele e mais sete pessoas foram presas em flagrante e o caso é investigado pela 2° Delegacia de Investigação Sobre Entorpecente (Dise).
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Investigação
Três toneladas de maconha apreendidas em Campinas tinham etiquetas com siglas
Reprodução/EPTV
De acordo com a Polícia Civil, o caso começou a ser analisado depois da apreensão de 50 quilos de maconha em junho, na cidade de Hortolândia (SP). O trabalho levou à a operação no barracão da oficina, localizado na Rua Alcides Modesto de Camargo, no Parque Santa Bárbara.
“Sabíamos que, aqui nesse bairro, uma oficina mecânica poderia estar sendo usada para guardar entorpecente. Esse trabalho de campo durou vários dias, semanas, inclusive. Nós conseguimos fazer a abordagem e o trabalho foi bem profícuo”, detalha o delegado José Glauco Ferreira.
Houve vigilância do local, que apurou a chegada da grande quantidade de drogas e, na sequência, a entrada de diversos veículos que seriam utilizados para distribuí-la, incluindo caminhonetes e um pequeno caminhão. Com a abordagem, os envolvidos foram presos e a perícia acionada.
O delegado detalha que alguns dos homens têm passagem pela polícia. Não quiseram falar em depoimento e se limitaram a dizer que são contratados para embalar e transportar as drogas. “Eles têm medo de falar sobre essa quantidade, de onde que vem e tal. É natural isso, esse medo”.
Nas embalagens dos tabletes é possível ver a inscrição de iniciais que, segundo a polícia, podem ser uma referência aos nomes das facções ou um indicativo dos locais para onde seriam levados. Ainda conforme as apurações, a maconha tinha como destino pontos de Campinas e Hortolândia.
Apreensão de três toneladas de maconha em Campinas: oito foram presos, sendo que parte deles já tinha passagem pela polícia
Reprodução/EPTV
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