Idoso luta por tratamento para câncer de pulmão, diagnosticado pela segunda vez no litoral de SP


Aposentado Cláudio Monteiro Fonseca, de 66 anos, chegou a ser internado na Santa Casa de Santos (SP), mas foi liberado. Família acredita que ele deveria ter ficado hospitalizado para ter iniciado o tratamento. Idoso luta por início de tratamento contra câncer no pulmão, diagnosticado pela segunda vez, em Santos, SP
Arquivo Pessoal
Um idoso de 66 anos diagnosticado pela segunda vez com câncer no pulmão está desde agosto deste ano lutando para iniciar o tratamento da doença em Santos, no litoral de São Paulo. Ao g1, nesta segunda-feira (30), o encarregado de estacionamento Rafael Leite Fonseca, de 38, disse que está indignado, pois o pai chegou a ser internado e teve alta médica, mesmo ele sentindo fortes dores.
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O aposentado Cláudio Monteiro Fonseca operou de um câncer no pulmão em 2019, mas não precisou fazer quimioterapia e nem radioterapia. No entanto, em agosto deste ano, passou a sentir forte dores abdominais. Ele foi até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Noroeste, onde foi medicado e liberado.
No dia seguinte, com os mesmos sintomas só que mais graves, foi para a UPA Central, onde permaneceu internado por sete dias. Sem diagnóstico, ele teve alta médica.
“Não sabiam o que ele tinha, viram uma infecção alta no sangue, mas não sabiam a origem”, disse o filho.
Entre 20 e 23 de agosto, ele voltou a ser internado na UPA, mas foi transferido à Santa Casa, onde ficou até 2 de setembro. “Fizeram tomografia, viram que tinha uma massa no lugar da cirurgia do pulmão. [Meu pai] fez biopsia e o médico falou que tinha voltado e migrado os ossos à costela”.
Cláudio Monteiro Fonseca teve alta médcia e entrou para a fila da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), mas nada foi feito.
Para o filho, o pai precisava ter ficado internado para acelerar o processo do tratamento. “A indignação foi tamanha porque ele estava internado na Santa Casa, fez a biopsia e mandaram ele para casa”.
O filho contou que resolveu divulgar o caso nas redes sociais por causa da demora no início do tratamento do pai. Ele pede ajuda.
“Meu pai estava definhando, não está internado e segue tomando um monte de remédios para dor, para ter um pouco de vida sem dor, porque é impossível. Ele sente dores terríveis todos dias”.
Município e estado
Em nota, a Secretaria de Saúde de Santos informou que qualquer tratamento oncológico é feito pelo Governo do Estado de São Paulo e, por isso, cabe aos municípios a inserção do paciente na Cross, o que foi feito em 20 de setembro.
Segundo a prefeitura, o paciente foi agendado pelo Estado para consulta em 6 de dezembro na Santa Casa de Santos, porém, houve uma antecipação para 1° de novembro.
Já a Secretaria de Estado da Saúde (SES) informou que o paciente possui consulta na especialidade de oncologia clínica em 6 de novembro na Santa Casa de Santos. De acordo com o Estado, pela legislação atual, o paciente oncológico deve receber atendimento especializado em 60 dias a contar do início da regulação.
O g1 entrou em contato com a Santa Casa de Santos, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Prefeitura e Estado informaram que paciente será atendido na oncologia clínica da Santa Casa de Santos, SP
Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
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