Desastre aéreo no AC: corpos de mais três vítimas são liberados do IML em Rio Branco


Das 12 vítimas, três seguem no IML para identificação e cinco corpos já foram para Eirunepé, onde foram recebidos sob forte comoção. Mais três vítimas foram identificadas e liberadas
g1
O Instituto Médico Legal liberou mais três dos 12 corpos das vítimas do desastre aéreo que aconteceu no domingo (29) em Rio Branco. Foram liberados os corpos do piloto e de mais dois moradores de Envira, no interior do Amazonas. A prefeitura de Envira (AM) informou à equipe da Rede Amazônica que um voo para transportar os corpos deve sair da capital acreana ainda nesta quinta-feira (2), porém a empresa ART Táxi Aéreo informou que estava levantando a documentação e confirmaria posteriormente a data do translado dos corpos.
Os identificados são:
Cláudio Atílio Mortari (piloto) – Ele era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba, no Pará. De acordo com trabalhadores da empresa, Cláudio morava no Pará desde a década de 80;
Edineia de Lima – Servidora do município de Envira, segundo nota divulgada pela prefeitura do município;
Antônio Cleudo Mattos – Natural de Envira, no Amazonas, tinha 46 anos. Era irmão de José Marcos, e também era empresário do ramo de combustíveis.
José Marcos Epifânio, que também é morador de Envira, já foi liberado, porém aguardavam a identificação do seu irmão, Antônio Mattos, para que os dois pudessem sido transladado.
Quatro dias após o trágico acidente, o Departamento de Polícia Técnico-Científica já identificou nove dos 12 corpos das vítimas. Cinco foram transladados para Eirunepé (AM) ainda na quarta-feira (1). Familiares foram em um voo e os corpos em outro avião de pequeno porte.
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Para a identificação do piloto e copiloto, foram coletadas amostras de sangue de familiares no Pará e enviadas ao estado. O material ainda não chegou, mas o diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Sandro Martins, que foi possível identificar o piloto por meio da arcada dentária e outras informações.
Ainda aguardam a identificação e liberação do copiloto para seguirem juntos para o Pará, um acordo entre as famílias. Apesar de os corpos estarem sendo liberados após a análise da arcada dentária , todos devem passar pelo exame de DNA.
Martins explicou ainda que não há previsão para que os três corpos sejam liberados, porque a identificação vai ser feita exclusivamente por DNA.
“Essa técnica que usamos [arcada dentária] e identificamos nove chegou ao limite, através dos estudos, exames e perícias. Então, foi até onde a ciência e técnica permitiu. Esses três restantes vão ser por outra técnica que é o exame de DNA, que é o confronto genético, e estamos prevendo a dificuldade devido ao estado das amostras, que estão muito degradadas e isso dificulta a análise de DNA. Por isso, reitero que os familiares tenham paciência, pois não temos como estimar prazo para liberar esses três corpos. As amostras estão chegando do interior e outras do Pará, chegando aqui o nosso laboratório de genética vai montar o caso e vai começar a trabalhar nas técnicas”, destacou.
As vítimas identificadas são:
Jamilo Motta Maciel, de 27 anos, era dentista e morava em Eirunepé;
Raimundo Nonato Rodrigues de Melo, de 32 anos, morava em Eirunepé. Ele era dentista e estava na capital acreana para fazer um curso;
Francisco Aleksander Barbosa Bezerra, de 29 anos. Também de Eirunepé, ele trabalhava como vigilante de carro forte e deixa uma filha de 7 anos;
José Marcos Epifanio, de 46 anos. Natural de Envira, ele era irmão de Antônio Cleudo, que também morreu no acidente, e empresário do ramo de combustíveis.
Clara Maria Vieira Monteiro (filha) e Ana Paula Vieira Alves, de Eirunepé. A mãe tinha 19 anos e a criança, 1 ano e 7 meses.
Cláudio Atílio Mortari (piloto) – Ele era natural de São Paulo, mas também morava em Itaituba, no Pará. De acordo com trabalhadores da empresa, Cláudio morava no Pará desde a década de 80;
Edineia de Lima – Servidora do município de Envira, segundo nota divulgada pela prefeitura do município;
Antônio Cleudo Mattos – Natural de Envira, no Amazonas, tinha 46 anos. Era irmão de José Marcos, e também era empresário do ramo de combustíveis.
Falta a identificação:
Kleiton Lima Almeida (copiloto), de 39 anos, nasceu e morava em Itaituba, no sudoeste do Pará. Ele tinha se tornado pai há um mês, segundo a irmã, Gardeny Lima;
Antônia Elizângela era natural de Envira, no Amazonas. Segundo nota divulgada pela prefeitura do município, ela era pecuarista.
Francisco Eutimar era natural de Eirunepé, no Amazonas, tinha 32 anos.
Destroços mostram restos de alimentos e utensílios
Eldérico Silva/Rede Amazônica Acre
Acidente aéreo
O voo que caiu no Acre era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e decolou de Rio Branco com destino a Envira, no Amazonas. A aeronave modelo Caravan tinha capacidade para até 14 pessoas e caiu por volta das 7h21 no horário local (9h21 em Brasília), logo após a decolagem. O percurso ainda incluía uma parada em Eirunepé (AM).
Parte dos passageiros estava viajando para receber tratamento médico. O advogado da empresa, Thiago Abreu, informou ao g1 que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. Segundo a Anac, o avião estava em situação regular.
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Ighor Costa/g1
Investigação
Uma equipe do Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa VII) chegou ao Acre nessa terça-feira (31) para começar as investigações do acidente do avião. Peritos da Polícia Civil do Acre auxiliarão nos trabalhos, segundo o governo.
O órgão é um braço regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), e fica localizado em Manaus. O Cenipa é responsável por investigar ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram
A Aeronáutica informou ainda no domingo que na investigação “serão utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.
O órgão também falou sobre o tempo de conclusão dos trabalhos. “A conclusão das investigações terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, disse o órgão.
A Polícia Federal também confirmou que esteve no local do acidente auxiliando a Polícia Civil com a perícia com papiloscopistas.
VÍDEOS: Acidente aéreo
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