Baixada em Pauta #154: Pedro Bandeira lembra da infância em Santos, fala sobre carreira literária e avanços da tecnologia


Escritor santista nasceu em 1942, mas mudou-se para a capital paulista, onde mora atualmente. Ele contou que primeiro livro foi escrito na tentativa de imitar o autor Monteiro Lobato. Podcast: Você pode ouvir Baixada em Pauta no g1, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, no Hello You ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga o Baixada em Pauta, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar.
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Baixada em Pauta #154: Pedro Bandeira é o convidado desta semana
Pedro Bandeira nasceu em Santos, no litoral de São Paulo, em 1942, mas mudou-se para a capital paulista, onde mora atualmente. Tornou-se exclusivamente escritor com o livro ‘O Dinossauro que fazia au-au’, obra direcionada para crianças, jovens e adultos, que reúne contos, poemas e narrativas de diversos gêneros a partir de 1983.
No ano seguinte, lançou ‘A droga da obediência’, que deu início à sério de maior sucesso: ‘Os Karas’. Antes de dedicar-se exclusivamente à escrita, Bandeira trabalhou em teatro profissional como ator, diretor e cenógrafo, e foi redator, editor e ator de comerciais de televisão.
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Ao Baixada em Pauta, Pedro Bandeira relembrou sobre a infância na cidade natal e disse que não ter contado com estímulo cultural por parte da família. Ele afirmou que o pai morreu antes dele ter nascido. “Minha mãe era muito carinhosa e tudo, porém ela não era uma mulher de cultura. Minha família era de classe média, porém culturalmente era de classe baixa, não tinha nenhum estímulo intelectual, ninguém lia, ninguém ia ao cinema e tal”.
Apesar disso, afirmou que Santos fervia culturalmente e como lia bastante, gostava de cultura e cinema, ingressou ao teatro influenciado pela Patrícia Galvão. “Ela sofreu muito com as cadeias do Getúlio, foi muito presa, teve cinco prisões, foi muito judiada, mas quando ela volta para Santos era um tipo de patronesse da cultura, trazia os jovens para tudo, apoiava tudo que fosse possível, tinha amigos e era muito influente”.
O escritor contou que inicialmente escrevia histórias sob encomendas já com tamanho limitados e com a situação de personagens apresentados. O primeiro livro, que completou 40 anos neste ano, foi escrito em uma tentativa de imitar o autor Monteiro Lobato.
“Escrevi meu primeiro livro tentando imitar ele: ‘O Dinossauro que fazia au-au’, em seguida fiz ‘A Droga da Obediência’, depois aí tive sucesso. Falei: ‘boa, não quero ter empregado e nem patrão, vou viver de freelancer”, disse.
Bandeira ressaltou a importância da informática para incentivar os jovens a lerem. “Os países em que a informática mais avança são os que mais se lê, que a juventude mais lê. Não vamos ser contra a tecnologia, a tecnologia veio para nos ajudar”.
Ao Baixada em Pauta, escritor Pedro Bandeira falou sobre infância em Santos, fala sobre carreira literária e avanços da tecnologia
Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal
Ele relembrou que antigamente quando escrevia livro não podia fazer na máquina de escrever. “É muito chata, você não pode arrumar, você não pode introduzir um parágrafo para melhorar o texto”. O escritor afirmou que acabava escrevendo os livros com lápis e, posteriormente, usava a máquina de escrever para passar a limpo e entregar à editora.
“Hoje não, é tudo limpinho, você só tem a criatividade. O trabalho braçal não tem mais”, disse Bandeira sobre o avanço da tecnologia com computador e acesso à internet.
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Escritor Pedro Bandeira é o convidado do Baixada em Pauta desta semana
g1 Santos
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