Mais de 160 venezuelanos são transferidos de RR para PB, PE e RJ


Voo da FAB com imigrantes decolou às 8h30 do Aeroporto Internacional de Boa Vista. Venezuelanos embarcam num Boeing 767, da FAB, com destino a três estados: PE, PB e RJ
Alan Chaves/G1 RR
Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) levou 164 venezuelanos de Roraima para a Paraíba, Pernambuco e Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (3).
A aeronave, um Boeing 767, decolou do Aeroporto Internacional de Boa Vista Atlas Brasil Cantanhede às 8h30 (9h30 de Brasília). Homens, mulheres e crianças embarcaram.
Os imigrantes saíram em um voo de Boa Vista com destino ao Recife, onde devem chegar por volta das 11h30. Lá ficam aqueles que optaram por morar em Pernambuco e na Paraíba. Depois, o avião segue viagem para o Rio de Janeiro.
Nos estados de destino, os imigrantes serão distribuídos em abrigos. A estimativa é que 45 pessoas sejam levadas para Conde (PB), 69 para Igarassu (PE) e 50 para o Rio de Janeiro (RJ).
Mulher e crianças venezuelanas embarcam em voo de interiorização na manhã desta terça (3)
Alan Chaves/G1 RR
Antes de embarcarem, os 164 venezuelanos transferidos estavam vivendo em abrigos públicos na capital. Eles foram concentrados na 1ª Brigada de Infantaria de Selva e às 4h seguiram para o aeroporto.
Esse é o quinto voo do chamado processo de interiorização, que consiste em levar venezuelanos que entraram no Brasil por Roraima a outras partes do país. Até então, 527 venezuelanos já tinham sido transferidos para os estados de Cuiabá, Manaus e São Paulo.
O processo é organizado pela Casa Civil com apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Os voos são custeados pelo governo federal e os imigrantes que aceitam ser transferidos têm que se regularizar no Brasil por meio de solicitação de refúgio ou residência temporária, passar por exame de saúde, ser imunizados, e abrigados.
Boeing 767 saiu do Aeroporto Internacional de Boa Vista
Alan Chaves/G1 RR
Os venezuelanos vão sem emprego garantido nos destinos finais, mas podem permanecer nos abrigos por até três meses. Caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.
O processo de interiorização dos imigrantes é uma tentativa de lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira do Brasil por Roraima fugindo do regime de Nicolás Maduro.
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