Mulher é condenada a 14 anos de prisão por matar ex-marido queimado


Vítima de 40 anos morreu após ter 70% do corpo queimado em 2011.
Ela alegou que ex-marido tentou esfaqueá-la; ela pode recorrer sentença.

 

A moradora de Pilar do Sul (SP) Tânia Michels Behn, acusada de matar o ex-marido Vanilton Coelho da Silva queimado em 2011, foi condenada pelo tribunal do júri a 14 anos de prisão. O júri popular aconteceu nesta quarta-feira (15) na Câmara Municipal e contou com sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres.

O julgamento começou por volta das 10h30 e a sentença foi proferida por volta de 13h30. Cinco testemunhas foram ouvidas, entre elas três vizinhas da vítima, uma pessoa que passava pelo local que prestou ajuda e acionou a polícia, e o policial militar que atendeu a ocorrência. Em seguida, a mulher prestou depoimento e disse que, depois de uma discussão, o ex-marido tentou esfaqueá-la. Ela alegou que, no desespero, jogou um líquido e disse que não sabia que era gasolina. Como ele não parava de agredi-la, ela colocou fogo no corpo dele com um isqueiro.

Tânia, de 43 anos, foi condenada por homicídio duplamente qualificado por ter impedido a defesa da vítima e ter utilizado um método cruel. Contudo, vai poder recorrer em liberdade porque, de acordo com o juiz, durante todo o processo não fez nenhuma tentativa de fuga.

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Crime
O crime aconteceu em 25 de junho de 2011. Uma denúncia informou que a mulher jogou gasolina e em seguida ateou fogo no marido que estava dormindo. O homem de 40 anos teve 70% do corpo queimado. Ele foi atendido no Hospital Regional de Sorocabax (SP), chegou a ser encaminhado para o Hospital das Clínicas em São Paulo, mas morreu 17 dias depois devido à gravidade dos ferimentos.
De acordo com informações apresentadas pela acusada, ela e o ex-marido estavam separados, mas viviam na mesma casa localizada no Jardim Nova Pilar. Na época do crime, ela informou que a vítima ingeria bebida alcoólica e constantemente a agredia. Na noite do incidente, ela afirma que o homem não a deixou entrar na casa, foi quando começou a discussão e que apenas estava se defendendo das agressões.

Segundo o Ministério Público, a mulher de 43 anos agiu com intenção de matar e foi acusada por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil e meio cruel, dificultando a defesa da vítima. Por ter se apresentado espontaneamente na delegacia, ela responde o processo em liberdade.

Mulher é acusada por incendiar e matar ex-marido (Foto: Artur Vergennes/TV TEM)

Júri popular foi realizado na Câmara Municipal de Pilar do Sul (Foto: Artur Vergennes/TV TEM)

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