Dólar abre em baixa, de olho em eleições americanas, cenário fiscal e futuro dos juros no Brasil e EUA


Na última sexta-feira, a moeda encerrou o dia cotada a R$ 5,8698, no segundo maior patamar da história, e já acumula uma alta de mais de 20% em 2024. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda de 1,23%, aos 128.121 pontos.
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O dólar abriu em baixa nesta segunda-feira (4), depois de registrar o seu segundo maior valor nominal da história (descontada a inflação) na última sexta-feira (1°). A semana é bastante movimentada e investidores ficam de olho em eleições americanas, cenários fiscal brasileiro e decisões sobre juros aqui e lá fora.
O grande destaque da semana são as eleições presidenciais dos Estados Unidos, que acontecem nesta terça-feira (5), em que se enfrentam a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. As apostas do mercado financeiro são de uma vitória de Trump, mas as pesquisas ainda mostram um cenário de empate técnico.
A possibilidade de cenário em que o republicano saia vitorioso tem desvalorizado as moedas de países emergentes, como o Brasil, na esteira de declarações do candidato sobre a intenção de aplicar mais tarifas aos produtos importados nos Estados Unidos — o que prejudicaria países exportadores.
Kamala ou Trump: como afetam a economia brasileira e quais os impactos no dólar, bolsa e juros
Além disso, no mercado interno, segue a expectativa por um anúncio de um plano para cortar despesas públicas brasileiras pelo Governo Federal. Investidores esperam ver uma redução nas despesas para que o governo se aproxime mais de sua meta de déficit zero.
O mercado acreditava que o anúncio seria feito na última semana, mas, com o governo levando mais tempo que o esperado, aumenta a pressão sobre o real.
Ainda nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) se reúne para decidir a nova Selic, taxa básica de juros, na quarta-feira (6), enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anuncia suas novas taxas de juros na quinta (7).
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 09h, o dólar caía 0,56%, cotado a R$ 5,8372. Veja mais cotações.
Na última sexta-feira (1°), a moeda avançou 1,53%, cotada a R$ 5,8698, atingindo o segundo maior patamar da história. No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,90% na semana;
avanço de 1,53% no mês;
ganho de 20,96% no ano.

O
Ibovespa
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na sexta, o índice encerrou em baixa de 1,23%, aos 128.121 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 1,36% na semana;
perdas de 1,23% no mês;
recuo de 4,52% no ano.

Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
O que está mexendo com os mercados?
Enquanto aguarda pelo fim das eleições, o mercado norte-americano não conta com grandes divulgações de dados econômicos neste pregão, com as atenções voltadas apenas ao cenário político.
Em reportagem do g1, especialistas explicam que tanto Kamala Harris quanto Donald Trump podem trazer impactos para a economia brasileira com suas políticas. No entanto, com as propostas apesentadas até aqui, a expectativa é que uma vitória de Trump pressionaria mais o dólar em detrimento do real.
Isso porque o republicano defende uma política protecionista com a economia dos Estados Unidos, diminuindo o comércio com a China e reduzindo a imigração.

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