Moradores fazem passeata pedindo justiça por jovem agredido por seguranças em casa noturna em MG


Agressões aconteceram no domingo (27). Jovem recebeu alta neste sábado (2) após ficar quase uma semana internado. Moradores fazem passeata pedindo justiça por jovem agredido por seguranças em casa noturna em Poços de Caldas
Moradores de Poços de Caldas fizeram neste sábado (2) uma passeata para pedir que os seguranças que agrediram um jovem de 19 anos sejam responsabilizados. Luis Felipe Perencin recebeu alta no início da tarde deste sábado. As agressões aconteceram no domingo (27).
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O grupo se concentrou na Praça Pedro Sanches, no Centro da Cidade. De lá, eles partiram pelas ruas da cidade vestidos de branco. Eles pediram por justiça e que os envolvidos sejam responsabilizados.
“Ninguém deve ser tratado da forma que ele foi tratado. Absolutamente ninguém. Eu só espero que isso pare imediatamente e que eles sejam devidamente punidos por isso, principalmente pela dor que eles nos causaram. Não só pelo Luiz, mas toda a família, pra mim, pra todos que estão aqui hoje”, afirmou a namorada de Luis Felipe, Thayná Silva de Oliveira.
Moradores fazem passeata pedindo justiça por jovem agredido por seguranças em casa noturna em MG
Reprodução/EPTV
Depois de percorrer algumas ruas, os manifestantes, sendo alguns amigos e familiares, foram até a porta da casa noturna, na Rua Paraíba, onde as agressões aconteceram.
Após um desentendimento com alguns seguranças, Luis Felipe foi perseguido e agredido pela equipe contratada pela casa noturna. O jovem levou vários golpes, sendo alguns na cabeça.
Ele chegou a ficar na UTI da Santa Casa de Poços de Caldas por quase quatro dias, até ser transferido para um quarto após apresentar melhoras nesta quinta-feira (31). Neste sábado, o jovem recebeu alta hospitalar.
“Está tendo que reaprender a andar. Deu os primeiros passos ontem com andador, mas saiu com um sorriso e muito feliz com o nosso movimento nessa passeata, se sentindo muito abraçado pelos amigos e pela comunidade postos em geral”, contou a mãe de Luis Felipe, Luciane Perencin.
Moradores fazem passeata pedindo justiça por jovem agredido por seguranças em casa noturna em MG
Reprodução/EPTV
O que disse a casa noturna
Um dos sócios-proprietários do estabelecimento afirmou que nesta sexta-feira (1°) aconteceu a primeira festa na casa noturna após os acontecimentos. Uma nova equipe de segurança foi contratada e recebeu orientações para evitar situações como a que aconteceu com Luis Felipe se repitam.
“O que a gente pode estar fazendo agora é mostrar a mudança da nossa equipe. Mostrar que a gente está disposto a ajudar em tudo que for preciso, em conversar com a mídia. Fomos na delegacia, prestamos nosso depoimento, levamos imagens aqui da casa, passamos também o nome dos envolvidos na agressão, porque a gente acredita que a justiça realmente tem que ser feita com quem faz esse tipo de atitude”, afirmou Guilherme Barreto.
Relembre
O caso aconteceu na madrugada do último domingo (27) em uma casa de shows que fica na Rua Paraíba, no Centro de Poços de Caldas. Luis Felipe Perecin, de 19 anos, e a namorada, de 18, foram até uma festa de Halloween.
Na madrugada, um amigo do casal saiu do local para levar a namorada até um carro de aplicativo e não pode mais retornar para a festa. A confusão começou quando Luis Felipe questionou a proibição aos seguranças.
Polícia Civil investiga caso de jovem agredido por seguranças de casa noturna em Poços de Caldas, MG
Câmeras de monitoramento
Já de fora da casa noturna, é possível ver quando alguns vão atrás do jovem usando um carro preto, que inclusive chega a transitar na contramão para tentar alcançá-lo. Em outra rua, depois de correr, Luis Felipe para e levanta as mãos. O primeiro segurança o alcança e já dá um golpe de cassetete na cabeça. Depois, outros dois chegam e também passam a agredi-lo. São vários golpes.
Câmeras de monitoramento registraram a ação. A Polícia Civil confirmou que o caso está sendo tratado como tentativa de homicídio, devido à gravidade dos golpes direcionados à cabeça.
“Se você quer apenas conter o indivíduo, você vai segurar pelo braço, você vai dar até mesmo matar leão, outros tipos de contenções. Ali foi uma agressão voltada muito para regiões vitais, que pode ocasionar, levar algum indivíduo a óbito. Por isso que o caso está sendo tratado, sim, como uma tentativa de homicídio, mas é lógico, né? Vai correndo durante as investigações, todos os laudos e perícias necessárias e de todas as pessoas envolvidas. Nós vamos ouvir os agressores direto, né? E também a análise da responsabilização dos proprietários, dos responsáveis pelo evento que estava tendo ali no dia”, afirmou a delegada Juliane Emiko.
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