MP-MA oferece denúncia contra acusados de sequestrar e assassinar jovem na região do Coroadinho, em São Luís


Os crimes foram praticados no dia 30 de setembro deste ano, por volta das 17h, no bairro Alto Sebastião, na região do Coroadinho, quando a vítima fazia um trabalho de campanha política. Homem sequestrado durante campanha política é encontrado morto em matagal na região do Coroadinho
Reprodução
O Ministério Público do Maranhão, por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Repressão ao Crime Organizado, ofereceu denúncia contra os dois homens acusados de sequestrar e matar o jovem Vitor Santos Costa, de 29 anos, em São Luís.
Os crimes foram praticados no dia 30 de setembro deste ano, por volta das 17h, no bairro Alto Sebastião, na região do Coroadinho, quando a vítima fazia um trabalho de campanha política.
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Davi Figueredo Amaral Reis, 19 anos, e Yam Carlos Ramos, 21 anos, foram denunciados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e recurso que dificultou a defesa do ofendido), sequestro, ocultação de cadáver e participação em organização criminosa armada.
O processo tramita junto à Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados.
O denunciado Depois Davi Figueredo foi preso um dia depois do crime, em 1º de outubro, mas chegou a ser posto em liberdade, após a Justiça do Maranhão apontar comunicação da prisão em flagrante ‘fora do prazo’.
Os crimes
Conforme o inquérito policial, no dia do crime, a vítima Vitor Santos Costa estava fazendo o trabalho de entrega de panfletos de campanha eleitoral, no bairro Alto Sebastião, quando foi sequestrado do local, pelos denunciados e outras pessoas não identificadas.
Vitor Santos foi levado para uma área de matagal nas proximidades e não foi mais visto.
Após as buscas na região, a polícia localizou o corpo de Vitor Santos Costa, no dia seguinte (1º de outubro), enterrado em uma cova rasa, na área de matagal conhecida como Rocinha, no bairro do Coroadinho.
O corpo da vítima apresentava sinais de extrema violência, pois encontrava-se amordaçado e com os punhos amarrados com corda.
No mesmo dia, a polícia prendeu Davi Figueredo, que, ao ser interrogado, confessou ser integrante de um grupo criminoso e que tinha participado do sequestro da vítima, sendo uma das pessoas que levou Vitor até a região de matagal, onde ele foi submetido ao “tribunal do crime” e condenado à morte.
Ainda em seu interrogatório, Davi Figueredo apontou a participação de Yam Carlos Ramos Lopes no crime. Segundo Davi, a motivação da morte de Vitor foi pelo fato de a vítima ter declarado morar próximo ao ponto final do ônibus no bairro Bom Jesus, área dominada por uma facção rival.
A polícia também ouviu testemunhas oculares, as quais reconheceram Davi Figueredo como um dos criminosos que participou da abordagem da vítima, retirando-a à força do local onde trabalhava.
“Revela-se especialmente reprovável a intenção de ceifar a vida da vítima, no presente caso, sob o motivo vil e ignóbil de mero revanchismo e retaliação, porque a vítima, supostamente, pertenceria a organização criminosa rival”, observa a denúncia do Ministério Público.
“Destaque-se que a vítima não teve qualquer possibilidade de defesa, considerando a forma como o crime foi praticado, de modo repentino, no momento em que se encontrava incauta, executando atividade laboral eleitoral, revelando a covardia e a brutalidade da ação”, acrescenta o documento.
Ao final da denúncia, o Ministério Público requer, ainda, que seja decretada a prisão preventiva do denunciado Yam Carlos Ramos Lopes, que se encontra foragido.
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