Mandante e executor são condenados pelo assassinato de mulher espancada com capacete


Francisca da Silva Batista e Welerson Da Silva Monteiro foram condenados em julgamento no Tribunal do Júri. Terceira denunciada pelo crime foi absolvida pelos jurados. Ana Zilda Santos Almeida foi espancada no dia 5 de outubro
Divulgação
A Justiça condenou Francisca da Silva Batista e Welerson Da Silva Monteiro pela morte de Ana Zilda Santos Almeida, de 49 anos. Segundo a Justiça, ela foi a mandante e o homem executou o crime. A terceira denunciada por suposto envolvimento no assassinato foi absolvida de todas as acusações.
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Ana Zilda foi atacada no dia 5 de outubro de 2023, enquanto estava indo para o trabalho. A polícia apontou que Welerson bateu a cabeça da vítima na quina de um poste diversas vezes, situação que causou traumas e perda de massa encefálica. Ela também foi agredida com um capacete e morreu no hospital uma semana depois.
Welerson da Silva Monteiro foi condenado a mais de 18 anos de prisão por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e mediante a emboscada e à traição. Ele segue preso.
Francisca da Silva Batista, apontada como mandante, foi condenada por homicídio com as mesmas qualificadoras, e por furto qualificado. A pena dela foi de 19 anos de reclusão pelo assassinato e dois anos e oito meses pelo furto. Ela está em prisão domiciliar.
Lara Eduarda Batista da Cruz, filha de Francisca, foi absolvida de todas as acusações. O Ministério Público não informou se pretende recorrer da absovição.
O julgamento pelo Tribunal do Júri foi realizado nesta terça-feira (29), na 1ª Vara Criminal de Araguaína. A sentença com as penas foi feita pelo juiz Carlos Roberto de Souza Dutra.
O g1 pediu posicionamento dos advogados de Francisca da Silva Batista e Welerson da Silva Monteiro, mas não houve resposta até a publicação desta reportagem. A defesa de Lara Eduarda não foi localizada.
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Relembre o caso
No dia do assassinato, testemunhas contaram à Polícia Militar que o homem chegou fazendo ameaças e exigindo a bolsa de Ana Zilda. Só que a mulher não teria atendido imediatamente. Em seguida, o criminoso passou a agredi-la na cabeça.
O primo da vítima Edmilson Lopes dos Santos contou ao g1 que Ana Zilda falava com a tia ao telefone quando foi abordada. A investigação apontou que o motivo para o assassinato de Ana Zilda seria o sentimento de ciúmes que Francisca da Silva Batista, suposta mandante do crime, teria contra a vítima.
Segundo denúncia do Ministério Público do Estado (MPTO), Francisca se uniu à filha Lara Eduarda e juntas convenceram Welerson a matar Ana Zilda sob o pretexto de um suposto processo.
Elas teriam contado ao homem que a vítima testemunharia em um processo que causaria a perda da guarda da filha mais nova de Francisca. Conforme a denúncia, Welerson gosta muito da menina e por isso aceitou cometer o homicídio.
Na realidade, Francisca teria o sentimento de ciúmes por causa de um envolvimento amoroso de seu ex-companheiro com a vítima, segundo o documento denúncia do Ministério Público na época.
Após ser espancada, Ana Zilda ficou internada no Hospital Regional de Araguaína, mas a morte encefálica foi confirmada no dia 12 de outubro de 2023. A investigação conseguiu chegar aos suspeitos com ajuda de imagens feitas por câmeras de segurança que ficam próximas ao local.
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