Caso Paula: polícia segue nas buscas por suspeito de matar ex a facadas em via pública no AC


Segundo a Polícia Civil, testemunhas foram ouvidas e buscas estão sendo feitas para encontrar o suposto autor. Vítima de 33 anos foi brutalmente assassinada na tarde do último domingo (27), em via pública na frente da filha em Rio Branco. Paula Gomes, de 33 anos, foi morta a facadas em Rio Branco; principal suspeito é o ex-marido
Arquivo pessoal
As buscas por Jairton Silveira Bezerra, de 45 anos, seguem sendo feitas pelas autoridades policiais. Ele é o principal suspeito pelo assassinato de Paula Gomes da Costa, de 33 anos, morta a facadas na tarde de domingo (27) em via pública em Rio Branco.
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Segundo a delegada de Polícia Civil Juliana De Angelis, que também acompanha o caso, as equipes seguem em campo em busca da localização do suposto autor. A investigação está a cargo da Delegacia da Mulher (Deam) da capital.
“É preciso para que a gente possa, brevemente, conseguir a sua prisão e realizando todas as diligências, que não é só a prisão que se extingue a investigação, tem outras diligências necessárias [para] que a gente possa garantir que a materialidade e a autoria do crime estejam confirmadas, e para que a gente possa conseguir a condenação desse agressor”, disse.
Jairton, que é gerente em uma loja de tintas da capital acreana, está foragido desde domingo e é o principal suspeito do assassinato de Paula, ocorrido na frente da filha deles de 7 anos. Ele foi casado com ela por 13 anos e não aceitava o fim do relacionamento. O ex-marido também já tinha agredido a vítima em outras ocasiões, o que fez com ela tivesse conseguido uma medida protetiva contra ele.
Polícia faz buscas para prender principal suspeito de matar a ex-mulher a facadas
Ainda de acordo com a delegada, já foram ouvidas testemunhas, feitas requisições de perícias necessárias e representações judiciais para tentar obter a prisão do suspeito e conclusão do inquérito policial.
“Medida protetiva salva vidas. Infelizmente, o caso da Paula entrou numa exceção que cerca de 90% das vítimas de feminicídio não tinham medida em vigor. Qualquer situação de violência deve ser denunciada. Nós temos, em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, delegacias especializadas para atendimento à mulher, mas no interior dos municípios temos as delegacias locais que também que são portas de entrada de registro de ocorrência e pedido de medida protetiva”, frisa.
O crime
O assassinato foi testemunhado também pelo pai do suspeito, e ocorreu quando Paula voltava da casa de uma tia, no bairro Alto Alegre, em Rio Branco. Conforme apurado pela Rede Amazônica Acre, Paula foi atacada pelas costas e levou oito facadas. Segundo o Centro de Operações Policiais Militares (Copom), o foragido estava em um veículo de cor branca.
A menina, filha da vítima e do suspeito, foi levada para a casa de uma parente por uma vizinha, pouco depois do crime, e está traumatizada. Ela testemunhou o assassinato da mãe.
No domingo (27), a polícia disse que estava à procura de Jairton Silveira Bezerra
Reprodução/Instagram
De acordo com um familiar que pediu para não ser identificado, ela estava separada de Bezerra há cerca de três meses, e pediu uma medida protetiva por conta de violências que sofria dele.
Ainda segundo um parente de Paula, quando ela estava no caminho, foi abordada pelo ex, que colocou a filha deles no carro. O idoso pai de Bezerra tentou impedir, mas foi empurrado por ele. Logo depois, ele atacou Paula.
“Ele sempre batia nela, mas só agora ela decidiu pedir medida. Da última vez, ele bateu nela no local onde ela trabalha. Por enquanto, a menina não contou muita coisa, está traumatizada. Ela já tinha problema em relação a isso porque ele agredia muito a mãe dela, constantemente. Um cara desse não merece nem ser chamado de gente. Fazer uma crueldade dessa com a própria mãe da filha dele, ele nem pensou na menina, menos no pai dele”, disse.
Vítima de feminicídio, corpo de Paula Gomes é velado e familiares pedem justiça no AC
A PM do Acre disponibiliza os seguintes números para denunciar casos de violência contra a mulher:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
Videochamada em Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica
Reprodução/Instagram
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