Interdição em rua de ponte que caiu traz prejuízos, afirmam comerciantes


Agentes de trânsito paralisam trânsito em horários de pico no bairro Marapé.
Prefeitura de Tatuí alega que só pode liberar tráfego após reforma da ponte.

 

Comerciantes de uma rua próxima à ponte do Bairro Marapé, em Tatuí (SP), afirmam que estão sofrendo prejuízos desde que outra ponte, a do Jardim Ternura, caiu em janeiro deste ano. Agentes de trânsito fazem o bloqueio na rua para que o movimento no tráfego de veículos seja distribuído para outras ruas. Porém, a ação gera reclamações dos comerciantes.

“Não passa ninguém. Quando eles fecham tudo aqui nós não temos fregueses transitando na nossa frente. Minha queda tranquilamente está em 60% a 70%”, reclama do comerciante Arlindo de Jesus Barros.

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A prefeitura afirma serem necessárias as interdições nos horários de picos. Afirma ainda que o trânsito só voltará ao normal no bairro quando completada a reconstrução da ponte, que foi retomada este mês com previsão até julho. 

O diretor de mobilidade do município, Roberto Xavier, explica que os bloqueios é para evitar o tráfego intenso. “Existem momentos que dá para atender os comerciantes, mas existem momentos, nos horários de pico, que vai ficar mais complicado. O agente de trânsito ou guarda municipal tem que ficar distribuindo o trânsito da forma mais rápida possível para que as pessoas que estão se deslocando possam chegar às suas residências”, alega.

Enquanto a obra não termina, os bloqueios continuarão a dar prejuízos, segundo os comerciantes. De acordo com eles, muitos já chegaram a fazer um abaixo-assinado pedindo o fim das paralisações no trânsito. O gerente comercial Jeferson Rogerio Rodrigues, por exemplo, é um dos assinantes.

Segundo ele, desde as alterações no tráfego no início deste ano, a empresa já teve que demitir dois funcionários. Além disso, Rodrigues afirma que no passado vendia em média 50  botijões de gás por dia. Desde a mudança em janeiro, as vendas diminuíram ao ponto de vender em um dia apenas um botijão.

“Teve um dia aqui que eles estavam mexendo e eu vendi um gás. Um dia inteiro de trabalho para eu vender um gás. Às vezes eles [clientes] estão com um botijão dentro do carro, ao invés de eles terem o transtorno de vir até a minha loja, eles passam na frente de outro e pegam. Aí eu já perdi mais uma venda”, lamenta o gerente.

Prefeitura alega que bloqueio é necessário para trânsito fluir (Foto: Reprodução/ TV TEM)

 
Comércios culpam bloqueios por queda no movimento (Foto: Reprodução/ TV TEM)

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