‘Amo essa cidade, me sinto muito em casa’, diz Marcelo D2 sobre retorno a Porto Alegre para show com o filho Sain no Rap In Cena


Pai e filho, que não se apresentam juntos desde o ano passado, voltam a dividir o palco neste domingo (29), no festival Rap In Cena. Marcelo D2 posa para foto antes de entrevista ao vivo no programa ‘g1 Ouviu’, em São Paulo
Fábio Tito/g1
Três meses após fazer um show solo lotado na cidade, Marcelo D2 está de volta a Porto Alegre. Desta vez, para se apresentar ao lado do filho, neste domingo (29), no festival Rap In Cena. D2 e Sain estão entre os mais de 70 artistas nacionais que subirão ao palco nos dois dias do evento.
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“Amo essa cidade. Porto Alegre e o Rio Grande do Sul inteiro têm uma cena de rock que me inspirou muito nos anos 90. Sem dúvida nenhuma, a banda brasileira que mais me influenciou é daí, é o DeFalla, do Edu K. Essa cena daí sempre foi muito inspiradora. Me sinto muito em casa. Tenho muitos amigos aí. É sempre muito bom estar aí”, contou D2 ao g1.
Marcelo D2 e Sain não se apresentam juntos desde o ano passado. O retorno de pai e filho dividindo palco será diante de um público de mais de 35 mil pessoas, no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Mas sem “friozinho na barriga”, garante D2.
“Dividir o palco com ele [o filho Sain] é emocionante. A gente tá acostumado a fazer isso há 30 anos. Friozinho na barriga eu não diria, mas dá uma ansiedade de estar logo no palco”, afirma o músico.
Marcelo D2 e o filho Sain
Divulgação
Segundo D2, será uma apresentação única, especialmente preparada para o festival. Em outras oportunidades que cantaram juntos, Sain cantava sons do repertório do pai. No Rap In Cena, a dupla preparou um setlist voltado para o boom bap — estilo clássico do hip-hop cujo nome remete ao compasso da batida de bumbo e caixa.
“O Sain tá muito profundo nesse lance do boom bap. Disco dele novo é boom bap puro. Eu resgatei alguns meus pra juntar com ele. A gente vai fazer um show de boom bap na veia”, antecipou D2.
Parceria em disco
A primeira aparição pública de Sain foi em 2003, ainda criança, durante a gravação do acústico de D2. No clipe de “Loadeando”, ele cobrava uma viagem à Disney e dizia que se desenvolvia e evoluía com o pai. Vinte anos depois, o jovem já contabiliza mais de 53 milhões de execuções em suas músicas nas plataformas digitais.
“A gente tá com uma vontade de fazer um disco juntos tem uns três anos já. Acredito muito que as coisas acontecem sempre no momento certo. Ele tá num momento muito bom na carreira dele, produzindo, rimando muito. Nesse momento eu tô fazendo mais meu show de samba. A gente tá os dois com disco lançado, então acho que pra agora não, mas muita vontade de fazer um disco juntos”, avaliou D2.
Aos 55 anos de idade e com quase três décadas de carreira, D2 celebra o encontro de diferentes gerações no rap. Para o compositor, “tem espaço pra todo mundo”.
“O rap é o lugar onde a diversidade tá. A gente tem que receber todo mundo. O rap é sobre falar o que a gente sente. Fico muito feliz do momento que o rap tá passando no Brasil, feliz de ter dado uma contribuição pra isso, feliz de ter participado desse movimento”, comemorou.
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